{"title":"不要做理想的人","authors":"Ivan Mussa","doi":"10.22409/contracampo.v40i2.50512","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esta resenha aborda o livro A precarious game: The illusion of dream jobs in the video game industry, de autoria de Ergin Bulut, lançado apenas em inglês em 2020. Trata-se de um estudo sobre o funcionamento da indústria de games, a partir da imersão etnográfica em uma empresa estadunidense, à qual Bulut dá o pseudônimo de Desire. O autor examina as formas de trabalho que sustentam a empresa, que inicia sua trajetória no mercado independente, mas logo é adquirida por uma distribuidora maior. O alcance da análise se prolonga para além das paredes de Desire: reverbera nos ambientes domésticos dos trabalhadores e na desigualdade de gênero; na necessidade de outsourcing de trabalho precário para países do Sul-Global e na perpetuação dos valores de “diversão” e “escapismo” baseados na tecnomasculinidade branca e no individualismo competitivo neoliberal.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"O deserto do ideal\",\"authors\":\"Ivan Mussa\",\"doi\":\"10.22409/contracampo.v40i2.50512\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Esta resenha aborda o livro A precarious game: The illusion of dream jobs in the video game industry, de autoria de Ergin Bulut, lançado apenas em inglês em 2020. Trata-se de um estudo sobre o funcionamento da indústria de games, a partir da imersão etnográfica em uma empresa estadunidense, à qual Bulut dá o pseudônimo de Desire. O autor examina as formas de trabalho que sustentam a empresa, que inicia sua trajetória no mercado independente, mas logo é adquirida por uma distribuidora maior. O alcance da análise se prolonga para além das paredes de Desire: reverbera nos ambientes domésticos dos trabalhadores e na desigualdade de gênero; na necessidade de outsourcing de trabalho precário para países do Sul-Global e na perpetuação dos valores de “diversão” e “escapismo” baseados na tecnomasculinidade branca e no individualismo competitivo neoliberal.\",\"PeriodicalId\":53281,\"journal\":{\"name\":\"Revista Contracampo\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-09-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Contracampo\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.22409/contracampo.v40i2.50512\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Contracampo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v40i2.50512","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Esta resenha aborda o livro A precarious game: The illusion of dream jobs in the video game industry, de autoria de Ergin Bulut, lançado apenas em inglês em 2020. Trata-se de um estudo sobre o funcionamento da indústria de games, a partir da imersão etnográfica em uma empresa estadunidense, à qual Bulut dá o pseudônimo de Desire. O autor examina as formas de trabalho que sustentam a empresa, que inicia sua trajetória no mercado independente, mas logo é adquirida por uma distribuidora maior. O alcance da análise se prolonga para além das paredes de Desire: reverbera nos ambientes domésticos dos trabalhadores e na desigualdade de gênero; na necessidade de outsourcing de trabalho precário para países do Sul-Global e na perpetuação dos valores de “diversão” e “escapismo” baseados na tecnomasculinidade branca e no individualismo competitivo neoliberal.