Helen Barbosa dos Santos, Aline Passuelo de Oliveira
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Resumo: Através de uma das imagens veiculada pela mídia, relativa ao rosto dos profissionais de saúde representados como “verdadeiros heróis” na linha de frente no combate ao Coronavírus, a máscara de proteção facial será problematizada enquanto artefato político, que ao esconder determinadas peles revela a hierarquização de certas vidas. A perspectiva epistemológica é baseada principalmente em autores, como Michel Foucault, Giorgio Agamben e em estudos sobre a temática com foco nas interseccionalidades. A máscara, instrumento das práticas discursivas bélicas em torno do viver e morrer, é posicionada na ambiguidade proteção/segregação, vidas sacralizadas/vidas não choráveis, reiterando (in)visibilidades sociais, políticas e econômicas a determinados corpos.
Palavras-chaves: Máscara de proteção; Pandemia; Interseccionalidades.
Abstract
Through one of the images published by the media regarding the faces of health professionals represented as “real heroes” on the front lines in the fight against the Coronavirus, the facial protection mask will be problematized as a political artifact, which, by hiding certain skins, reveals the hierarchization of certain lives. The epistemological perspective is based mainly on authors, such as Michel Foucault, Giorgio Agambem and on studies on the subject with a focus on intersectionalities. The mask, an instrument of warlike discursive practices around living and dying, is positioned in the ambiguity of protection/segregation, sacred lives/non-crying lives, reiterating social, political and economic (in)visibilities of certain bodies.
Keywords: Protection mask; pandemic; intersectionalities.