{"title":"关于高年级LE教学的思考——非裔意大利和巴西文学中的记忆与迁移","authors":"Agnes Ghisi, Daniela Bunn","doi":"10.11606/issn.2238-8281.i44p22-37","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Ensinar LE no Brasil, hoje, é desafiador, mas também peculiar. Iniciativa como a realizada no Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), vinculada ao estágio supervisionado do curso de Letras Italiano, teve como objetivo o ensino do italiano com temáticas sensíveis e engajadas, visando ao bem-estar e à participação ativa da pessoa idosa (BELLA, 2008). Pensar a pessoa idosa como alguém que continua se desenvolvendo e que é capaz de aprender e expandir o próprio universo a partir da leitura como um prazer (BALBONI, 1994) foi também um dos objetivos e motivação do estágio. Procurou-se trazer para o debate questões socialmente relevantes que estimulassem um olhar sensibilizado e plural a partir da literatura. Em particular, com La mia casa è dove sono (2010), de Igiaba Scego, propuseram-se discussões que abordassem o tema da memória, da imigração e do reconhecimento de questões interculturais (MENDES, 2015). Isso permitiu um diálogo em que tensões do cotidiano brasileiro puderam ser encaradas a partir do (con)texto italiano. Neste artigo, pretende-se refletir sobre as questões que surgiram e que foram promovidas por essa experiência de estágio, sobre como as temáticas propostas foram recebidas pelo grupo, e sobre como o ensino de língua apresentou certa emancipatoriedade, quebra de estereótipos e revisão de (pre)conceitos.","PeriodicalId":31355,"journal":{"name":"Revista de Italianistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Reflexões a respeito do ensino-aprendizagem de LE em uma turma da terceira idade: memória e migração na literatura afro-italiana e brasileira\",\"authors\":\"Agnes Ghisi, Daniela Bunn\",\"doi\":\"10.11606/issn.2238-8281.i44p22-37\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Ensinar LE no Brasil, hoje, é desafiador, mas também peculiar. Iniciativa como a realizada no Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), vinculada ao estágio supervisionado do curso de Letras Italiano, teve como objetivo o ensino do italiano com temáticas sensíveis e engajadas, visando ao bem-estar e à participação ativa da pessoa idosa (BELLA, 2008). Pensar a pessoa idosa como alguém que continua se desenvolvendo e que é capaz de aprender e expandir o próprio universo a partir da leitura como um prazer (BALBONI, 1994) foi também um dos objetivos e motivação do estágio. Procurou-se trazer para o debate questões socialmente relevantes que estimulassem um olhar sensibilizado e plural a partir da literatura. Em particular, com La mia casa è dove sono (2010), de Igiaba Scego, propuseram-se discussões que abordassem o tema da memória, da imigração e do reconhecimento de questões interculturais (MENDES, 2015). Isso permitiu um diálogo em que tensões do cotidiano brasileiro puderam ser encaradas a partir do (con)texto italiano. Neste artigo, pretende-se refletir sobre as questões que surgiram e que foram promovidas por essa experiência de estágio, sobre como as temáticas propostas foram recebidas pelo grupo, e sobre como o ensino de língua apresentou certa emancipatoriedade, quebra de estereótipos e revisão de (pre)conceitos.\",\"PeriodicalId\":31355,\"journal\":{\"name\":\"Revista de Italianistica\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-12-31\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista de Italianistica\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i44p22-37\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Italianistica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i44p22-37","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
摘要
如今在巴西教授LE很有挑战性,但也很奇特。圣卡塔琳娜联邦大学第三年龄研究中心开展的一项举措,与意大利语课程的监督实习相联系,旨在教授具有敏感和参与主题的意大利语,旨在促进老年人的福祉和积极参与(BELLA,2008)。将老年人视为一个不断发展的人,能够从阅读中学习和扩展自己的世界(BALBONI,1994),也是实习的目标和动机之一。我们试图将与社会相关的问题带到辩论中,这些问题激发了文献中敏感和多元的视角。特别是,与Igiaba Scego的La mia casaèdove sono(2010)一起,提出了关于记忆、移民和承认跨文化问题的讨论(MENDES,2015)。这使得可以从意大利文本中面对巴西日常生活的紧张局势进行对话。在这篇文章中,我们打算反思这次实习经历所引发和推动的问题,小组如何接受所提出的主题,以及语言教学如何呈现出某种解放,打破陈规定型观念和修正(前)概念。
Reflexões a respeito do ensino-aprendizagem de LE em uma turma da terceira idade: memória e migração na literatura afro-italiana e brasileira
Ensinar LE no Brasil, hoje, é desafiador, mas também peculiar. Iniciativa como a realizada no Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), vinculada ao estágio supervisionado do curso de Letras Italiano, teve como objetivo o ensino do italiano com temáticas sensíveis e engajadas, visando ao bem-estar e à participação ativa da pessoa idosa (BELLA, 2008). Pensar a pessoa idosa como alguém que continua se desenvolvendo e que é capaz de aprender e expandir o próprio universo a partir da leitura como um prazer (BALBONI, 1994) foi também um dos objetivos e motivação do estágio. Procurou-se trazer para o debate questões socialmente relevantes que estimulassem um olhar sensibilizado e plural a partir da literatura. Em particular, com La mia casa è dove sono (2010), de Igiaba Scego, propuseram-se discussões que abordassem o tema da memória, da imigração e do reconhecimento de questões interculturais (MENDES, 2015). Isso permitiu um diálogo em que tensões do cotidiano brasileiro puderam ser encaradas a partir do (con)texto italiano. Neste artigo, pretende-se refletir sobre as questões que surgiram e que foram promovidas por essa experiência de estágio, sobre como as temáticas propostas foram recebidas pelo grupo, e sobre como o ensino de língua apresentou certa emancipatoriedade, quebra de estereótipos e revisão de (pre)conceitos.