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No romance Canumã: a travessia, de Ytanajé Coelho Cardoso (2019), uma família munduruku migra da aldeia para a cidade. A decisão é motivada pelas alterações no modo de vida tradicional, provocadas pelo estreitamento das relações com o mundo não-indígena. Nesse contexto, a educação formal é ressignificada como arma indígena, inscrita na continuidade das lutas contra o etnocídio. A partir dos movimentos entre aldeia e cidade, conhecimento tradicional e acadêmico, vida e literatura, discutirei as imagens dos processos formativos inscritas no romance e as possibilidades de se construir um diálogo entre culturas, saberes, mundos, em que as diferenças não sejam hierarquizadas.