{"title":"不稳定时期体育教育的教学叙述","authors":"David Kirk","doi":"10.5007/2175-8042.2023.e95524","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Há uma prevalência crescente de problemas de saúde mental e bem-estar entre crianças e jovens há mais de duas décadas no Reino Unido, situação exacerbada pela pandemia e que certamente perdurará além dela devido a um aumento exponencial da economia gig. As incertezas e a instabilidade que o trabalho gig introduzem na vida das pessoas as deixam doentes e produzem precariedade. Neste contexto, a questão é como a Educação Física deve responder à crescente precariedade? As narrativas dominantes da Educação Física, nos últimos 50 anos, têm sido a preparação para a vindoura sociedade do lazer (que nunca chegou) e a luta contra a obesidade. Embora uma abordagem de prevenção de riscos para a Educação Física como promoção da saúde possa permanecer importante, aulas baseadas em Atividade Física Moderada a Vigorosa (AFMV) podem não ser o que crianças e jovens que sofrem de doença emocional precisam. O artigo defende pedagogias afetivas informadas pela salutogênese como uma resposta apropriada à precariedade. Termina com uma breve revisão das formas pelas quais a precariedade têm sido utilizada na literatura da Educação Física e da Pedagogia do Esporte, oportunidade para argumentar que o conceito, apesar de sua grande importância, ainda não atingiu massivamente os estudiosos de nosso campo.","PeriodicalId":53317,"journal":{"name":"Motrivivencia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Narrativas pedagógicas da Educação Física em tempos de precariedade\",\"authors\":\"David Kirk\",\"doi\":\"10.5007/2175-8042.2023.e95524\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Há uma prevalência crescente de problemas de saúde mental e bem-estar entre crianças e jovens há mais de duas décadas no Reino Unido, situação exacerbada pela pandemia e que certamente perdurará além dela devido a um aumento exponencial da economia gig. As incertezas e a instabilidade que o trabalho gig introduzem na vida das pessoas as deixam doentes e produzem precariedade. Neste contexto, a questão é como a Educação Física deve responder à crescente precariedade? As narrativas dominantes da Educação Física, nos últimos 50 anos, têm sido a preparação para a vindoura sociedade do lazer (que nunca chegou) e a luta contra a obesidade. Embora uma abordagem de prevenção de riscos para a Educação Física como promoção da saúde possa permanecer importante, aulas baseadas em Atividade Física Moderada a Vigorosa (AFMV) podem não ser o que crianças e jovens que sofrem de doença emocional precisam. O artigo defende pedagogias afetivas informadas pela salutogênese como uma resposta apropriada à precariedade. Termina com uma breve revisão das formas pelas quais a precariedade têm sido utilizada na literatura da Educação Física e da Pedagogia do Esporte, oportunidade para argumentar que o conceito, apesar de sua grande importância, ainda não atingiu massivamente os estudiosos de nosso campo.\",\"PeriodicalId\":53317,\"journal\":{\"name\":\"Motrivivencia\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-07-19\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Motrivivencia\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e95524\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Motrivivencia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e95524","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Narrativas pedagógicas da Educação Física em tempos de precariedade
Há uma prevalência crescente de problemas de saúde mental e bem-estar entre crianças e jovens há mais de duas décadas no Reino Unido, situação exacerbada pela pandemia e que certamente perdurará além dela devido a um aumento exponencial da economia gig. As incertezas e a instabilidade que o trabalho gig introduzem na vida das pessoas as deixam doentes e produzem precariedade. Neste contexto, a questão é como a Educação Física deve responder à crescente precariedade? As narrativas dominantes da Educação Física, nos últimos 50 anos, têm sido a preparação para a vindoura sociedade do lazer (que nunca chegou) e a luta contra a obesidade. Embora uma abordagem de prevenção de riscos para a Educação Física como promoção da saúde possa permanecer importante, aulas baseadas em Atividade Física Moderada a Vigorosa (AFMV) podem não ser o que crianças e jovens que sofrem de doença emocional precisam. O artigo defende pedagogias afetivas informadas pela salutogênese como uma resposta apropriada à precariedade. Termina com uma breve revisão das formas pelas quais a precariedade têm sido utilizada na literatura da Educação Física e da Pedagogia do Esporte, oportunidade para argumentar que o conceito, apesar de sua grande importância, ainda não atingiu massivamente os estudiosos de nosso campo.