Pub Date : 2023-08-23DOI: 10.5007/2175-8042.2023.e93798
Luan Gonçalves Jucá, D. Maldonado, Samara Moura Barreto
O objetivo desse ensaio foi analisar as implicações da BNCC do Ensino Médio para a Educação Física Escolar em reflexividade dialógica e dialética pela análise histórica e política. Por meio de constatações teórica-empíricas, mostramos uma ampla denúncia sobre os interesses neoliberais envolvidos na concepção educativa da reforma do Ensino Médio, já que essa política educacional sistematiza uma educação a serviço do capital, com um reflexo nefasto para a formação crítica e reflexiva das juventudes. Assim, a Educação Física perde cada vez mais espaço, seja pelo seu caráter optativo efetivado pelos “estudos e práticas” do componente curricular; pelo rebaixamento de sua carga horária; por sua falta de legitimidade na sociedade contemporânea; ou por seus princípios epistemológicos, políticos e pedagógicos que se distanciam de uma educação eficiente pautada na Pedagogia das competências. Por fim, defendemos a revogação da BNCC e a organização coletiva de um novo documento curricular.
{"title":"Na corda bamba de sombrinha: a Educação Física no fio da história na base nacional comum curricular do ensino médio","authors":"Luan Gonçalves Jucá, D. Maldonado, Samara Moura Barreto","doi":"10.5007/2175-8042.2023.e93798","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e93798","url":null,"abstract":"O objetivo desse ensaio foi analisar as implicações da BNCC do Ensino Médio para a Educação Física Escolar em reflexividade dialógica e dialética pela análise histórica e política. Por meio de constatações teórica-empíricas, mostramos uma ampla denúncia sobre os interesses neoliberais envolvidos na concepção educativa da reforma do Ensino Médio, já que essa política educacional sistematiza uma educação a serviço do capital, com um reflexo nefasto para a formação crítica e reflexiva das juventudes. Assim, a Educação Física perde cada vez mais espaço, seja pelo seu caráter optativo efetivado pelos “estudos e práticas” do componente curricular; pelo rebaixamento de sua carga horária; por sua falta de legitimidade na sociedade contemporânea; ou por seus princípios epistemológicos, políticos e pedagógicos que se distanciam de uma educação eficiente pautada na Pedagogia das competências. Por fim, defendemos a revogação da BNCC e a organização coletiva de um novo documento curricular.","PeriodicalId":53317,"journal":{"name":"Motrivivencia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49153744","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-23DOI: 10.5007/2175-8042.2023.e93933
Marina Ferraz de Toledo Nigosky, Enoly Cristine Frazão da Silva, Lionela da Silva Corrêa, M. Carbinatto
Historicamente, as práticas corporais foram negligenciadas para a pessoa com deficiência justificada por paradigmas cartesiano e mecanicista de corpo. Apenas em meados do século XX que instituições e políticas públicas alertaram que àquelas deveriam ser para todos. Ainda que paulatinamente, a pessoa com deficiência passou a integrar o mundo esportivo, inclusive o de alto rendimento. Afoitos para dar voz (e ouvidos) a esses protagonistas, este artigo identifica, descreve e reflete sobre a experiência vivida por uma atleta com síndrome de down praticante do nado artístico. Por meio da pesquisa qualitativa fenomenológica, realizaram-se duas entrevistas cujas perguntas versaram sobre a experiência nas sessões de treino e eventos esportivos. Dois eixos foram salutares para a discussão: a. essência do esporte; b. eu-outro-mundo que alertaram sobre a efetiva identidade da nadadora com os preceitos filosóficos do esporte: transcendência, autossuperação e relação com os outros no fazer esportivo.
{"title":"Ser-esportista: experiência vivida no nado artístico por uma atleta com síndrome de Down","authors":"Marina Ferraz de Toledo Nigosky, Enoly Cristine Frazão da Silva, Lionela da Silva Corrêa, M. Carbinatto","doi":"10.5007/2175-8042.2023.e93933","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e93933","url":null,"abstract":"Historicamente, as práticas corporais foram negligenciadas para a pessoa com deficiência justificada por paradigmas cartesiano e mecanicista de corpo. Apenas em meados do século XX que instituições e políticas públicas alertaram que àquelas deveriam ser para todos. Ainda que paulatinamente, a pessoa com deficiência passou a integrar o mundo esportivo, inclusive o de alto rendimento. Afoitos para dar voz (e ouvidos) a esses protagonistas, este artigo identifica, descreve e reflete sobre a experiência vivida por uma atleta com síndrome de down praticante do nado artístico. Por meio da pesquisa qualitativa fenomenológica, realizaram-se duas entrevistas cujas perguntas versaram sobre a experiência nas sessões de treino e eventos esportivos. Dois eixos foram salutares para a discussão: a. essência do esporte; b. eu-outro-mundo que alertaram sobre a efetiva identidade da nadadora com os preceitos filosóficos do esporte: transcendência, autossuperação e relação com os outros no fazer esportivo.","PeriodicalId":53317,"journal":{"name":"Motrivivencia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48538979","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo buscou analisar as representações culturais que professores(as) de Educação Física de um município de Minas Gerais atribuem às ginásticas. Para tanto, utilizou-se uma pesquisa de campo de cunho qualitativo, adotando um questionário com perguntas especialmente elaboradas para o estudo e a Análise Temática para tratamento dos dados. Os resultados indicam que os(as) professores(as) apresentam diversos discursos sobre as práticas gímnicas, compreendendo-as nas esferas da saúde, do esporte, da recreação, da arte e escolar. Tais leituras evidenciam uma aproximação com os campos de atuação da ginástica, o que demonstra que os sujeitos investigados reconhecem os múltiplos textos culturais produzidos sobre as ginásticas na sociedade atual.
{"title":"Representações culturais sobre as ginásticas: o olhar de professores(as) da educação básica","authors":"Priscila Lopes, Juliana Nogueira Pontes Nobre, Mellina Souza Batista, Thyago Thacyano De Souza dos Santos, Jander Gonçalves Rolo, Alessandra Guimarães Rodrigues","doi":"10.5007/2175-8042.2023.e93723","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e93723","url":null,"abstract":"O presente artigo buscou analisar as representações culturais que professores(as) de Educação Física de um município de Minas Gerais atribuem às ginásticas. Para tanto, utilizou-se uma pesquisa de campo de cunho qualitativo, adotando um questionário com perguntas especialmente elaboradas para o estudo e a Análise Temática para tratamento dos dados. Os resultados indicam que os(as) professores(as) apresentam diversos discursos sobre as práticas gímnicas, compreendendo-as nas esferas da saúde, do esporte, da recreação, da arte e escolar. Tais leituras evidenciam uma aproximação com os campos de atuação da ginástica, o que demonstra que os sujeitos investigados reconhecem os múltiplos textos culturais produzidos sobre as ginásticas na sociedade atual. ","PeriodicalId":53317,"journal":{"name":"Motrivivencia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42012238","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-01DOI: 10.5007/2175-8042.2023.e93960
Doralice Lange de Souza, Ianamary Monteiro Marcondes, Yasmin Vicente Vieira, Rafael Estevam Reis, Jackeline Colere, Ruth Eugênia Cidade
Este estudo teve como objetivo levantar algumas características da cobertura da Folha de São Paulo dos Jogos Paralímpicos (JP) entre 1972 e 2020. Os objetivos específicos foram: levantar o número de publicações relativas aos JP durante as diferentes edições; mapear a distribuição das publicações por modalidades e tipos de deficiência; levantar os números totais de medalhas conquistadas pelo país a cada edição, por modalidades e por tipos de deficiência, e contrastar estes números com as informações levantadas nos objetivos anteriores. Realizamos uma análise quantitativa e descritiva dos dados. Verificamos que número de publicações cresceu, com algumas oscilações; a deficiência física foi privilegiada nas publicações em relação aos outros tipos de deficiência; as publicações privilegiaram algumas modalidades e tipos de deficiência; e nem sempre houve uma correlação entre o total de medalhas e o número de publicações. Este trabalho oferece subsídios para uma cobertura mais qualificada do paradesporto. .
{"title":"A cobertura da Folha de São Paulos dos Jogos Paralímpicos entre 1972 e 2020","authors":"Doralice Lange de Souza, Ianamary Monteiro Marcondes, Yasmin Vicente Vieira, Rafael Estevam Reis, Jackeline Colere, Ruth Eugênia Cidade","doi":"10.5007/2175-8042.2023.e93960","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e93960","url":null,"abstract":"Este estudo teve como objetivo levantar algumas características da cobertura da Folha de São Paulo dos Jogos Paralímpicos (JP) entre 1972 e 2020. Os objetivos específicos foram: levantar o número de publicações relativas aos JP durante as diferentes edições; mapear a distribuição das publicações por modalidades e tipos de deficiência; levantar os números totais de medalhas conquistadas pelo país a cada edição, por modalidades e por tipos de deficiência, e contrastar estes números com as informações levantadas nos objetivos anteriores. Realizamos uma análise quantitativa e descritiva dos dados. Verificamos que número de publicações cresceu, com algumas oscilações; a deficiência física foi privilegiada nas publicações em relação aos outros tipos de deficiência; as publicações privilegiaram algumas modalidades e tipos de deficiência; e nem sempre houve uma correlação entre o total de medalhas e o número de publicações. Este trabalho oferece subsídios para uma cobertura mais qualificada do paradesporto. .","PeriodicalId":53317,"journal":{"name":"Motrivivencia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43500110","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-01DOI: 10.5007/2175-8042.2023.e91020
Fabiana da Silva Luciano, Juliana Daniele de Araújo Silva, Diógenes Cândido Mendes Maranhão, André Luiz Torres Pirauá
O artigo objetivou-se identificar e analisar as situações de conflitos e as estratégias de mediação dos mesmos durante o Programa Segundo Tempo Paradesporto. Tratou-se de um estudo qualitativo descritivo, cujas coletas foram feitas de fevereiro de 2019 a março de 2020. Foi feita uma análise dos relatos de experiência do monitor extensionista, referente ao olhar crítico às vivências compartilhadas com crianças a adultos benefeciados pelo Programa. Foi identificado que os conflitos foram de natureza intrapessoal, interpessoal e grupo, e que a mediação dos conflitos foi feita principalmente pela mediação preventiva. As estratégias adotadas se monstraram efetivas na melhora substancial do comportamento dos beneficiados.
{"title":"Análise da mediação de conflitos do Programa Segundo Tempo Paradesporto","authors":"Fabiana da Silva Luciano, Juliana Daniele de Araújo Silva, Diógenes Cândido Mendes Maranhão, André Luiz Torres Pirauá","doi":"10.5007/2175-8042.2023.e91020","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e91020","url":null,"abstract":"O artigo objetivou-se identificar e analisar as situações de conflitos e as estratégias de mediação dos mesmos durante o Programa Segundo Tempo Paradesporto. Tratou-se de um estudo qualitativo descritivo, cujas coletas foram feitas de fevereiro de 2019 a março de 2020. Foi feita uma análise dos relatos de experiência do monitor extensionista, referente ao olhar crítico às vivências compartilhadas com crianças a adultos benefeciados pelo Programa. Foi identificado que os conflitos foram de natureza intrapessoal, interpessoal e grupo, e que a mediação dos conflitos foi feita principalmente pela mediação preventiva. As estratégias adotadas se monstraram efetivas na melhora substancial do comportamento dos beneficiados.","PeriodicalId":53317,"journal":{"name":"Motrivivencia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"70535684","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este estudo tem como objetivo desenvolver estratégias pedagógicas para ensino de atividades circenses para crianças com Síndrome de Down, Transtorno do Espectro Autista e Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade, estabelecendo relações entre o Circo, a Educação Física e a inclusão. Estrutura-se como um ensaio acadêmico, apoiando-se na literatura científica para sugestões na elaboração das estratégias pedagógicas. Nas atividades, foram desenvolvidas adaptações visando as potencialidades de cada tarefa, como o uso das cores e comunicação verbal para atenção, texturas, tamanhos, desuso dos sapatos para percepção sensorial, modificações nos materiais, auxílio com as mãos para hipotonia muscular e, por fim, estímulo à interação coletiva para socialização. A partir da análise feita e das atividades propostas sob a ótica da inclusão, percebe-se que é papel do/a profissional de Educação Física integrar e incluir crianças com deficiência intelectual no âmbito circense, levando em conta seus múltiplos benefícios para o desenvolvimento integral.
{"title":"O picadeiro, a Educação Física e a inclusão: estratégias pedagógicas para ensino das atividades circenses para crianças com síndrome de down, TEA e TDAH/hiperatividade","authors":"Alexsandra Damasceno Rodrigues, Alexsandra Damasceno Rodrigues, Rayane Martins Rodrigues, Daniela Bento-Soares","doi":"10.5007/2175-8042.2023.e90794","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e90794","url":null,"abstract":"Este estudo tem como objetivo desenvolver estratégias pedagógicas para ensino de atividades circenses para crianças com Síndrome de Down, Transtorno do Espectro Autista e Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade, estabelecendo relações entre o Circo, a Educação Física e a inclusão. Estrutura-se como um ensaio acadêmico, apoiando-se na literatura científica para sugestões na elaboração das estratégias pedagógicas. Nas atividades, foram desenvolvidas adaptações visando as potencialidades de cada tarefa, como o uso das cores e comunicação verbal para atenção, texturas, tamanhos, desuso dos sapatos para percepção sensorial, modificações nos materiais, auxílio com as mãos para hipotonia muscular e, por fim, estímulo à interação coletiva para socialização. A partir da análise feita e das atividades propostas sob a ótica da inclusão, percebe-se que é papel do/a profissional de Educação Física integrar e incluir crianças com deficiência intelectual no âmbito circense, levando em conta seus múltiplos benefícios para o desenvolvimento integral.","PeriodicalId":53317,"journal":{"name":"Motrivivencia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47695856","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-01DOI: 10.5007/2175-8042.2023.e94377
Mellina Souza Batista, Tamiris Lima Patrício, Nayana Ribeiro Henrique, Lorena Nabanete dos Reis-Furtado, M. Carbinatto
Este artigo acessou as experiências na extensão universitária em Ginástica para Todos (GPT) e suas reverberações na formação e atuação profissional em Educação Física e Esporte. Como suporte metodológico, optamos pela pesquisa qualitativa, utilizando para a coleta de dados Grupos Focais com 17 participantes de nove grupos de GPT representativo de 4 regiões brasileiras. A Análise Temática indicou dois eixos de discussão: 1. Experiência de vida/ experiência prévia do participante como estratégia de ensino e aprendizagem na ginástica que potencializou interfaces da ginástica com outras práticas corporais e a autonomia dos estudantes e, 2. Trabalho de co-construção de aulas e coreografias: confirmando o professor como mediador do processo, que induz que temas, figurinos, materiais, movimentos sejam definidos por todo o grupo. Notadamente, os discentes entrevistados confirmaram que as propostas ampliaram a percepção de organização de aula e/ou treino, passível a diferentes contextos, como escolas e clubes.
{"title":"Extensão universitária e ressonâncias na formação profissional: análise de grupos de ginástica para todos","authors":"Mellina Souza Batista, Tamiris Lima Patrício, Nayana Ribeiro Henrique, Lorena Nabanete dos Reis-Furtado, M. Carbinatto","doi":"10.5007/2175-8042.2023.e94377","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e94377","url":null,"abstract":"Este artigo acessou as experiências na extensão universitária em Ginástica para Todos (GPT) e suas reverberações na formação e atuação profissional em Educação Física e Esporte. Como suporte metodológico, optamos pela pesquisa qualitativa, utilizando para a coleta de dados Grupos Focais com 17 participantes de nove grupos de GPT representativo de 4 regiões brasileiras. A Análise Temática indicou dois eixos de discussão: 1. Experiência de vida/ experiência prévia do participante como estratégia de ensino e aprendizagem na ginástica que potencializou interfaces da ginástica com outras práticas corporais e a autonomia dos estudantes e, 2. Trabalho de co-construção de aulas e coreografias: confirmando o professor como mediador do processo, que induz que temas, figurinos, materiais, movimentos sejam definidos por todo o grupo. Notadamente, os discentes entrevistados confirmaram que as propostas ampliaram a percepção de organização de aula e/ou treino, passível a diferentes contextos, como escolas e clubes.","PeriodicalId":53317,"journal":{"name":"Motrivivencia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48222888","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-19DOI: 10.5007/2175-8042.2023.e95527
Heidi Jancer Ferreira, C. Luguetti, David Kirk
Faz-se necessário compreender a precariedade no Sul Global e aprender com as pedagogias críticas afetivas (PCA) para buscar formas inclusivas, justas e equitativas de educação física. O objetivo deste artigo é explorar o que aprendemos quando desenvolvemos PCA em contextos precários no Brasil. Com base na perspectiva freiriana e na PCA, discutimos dois estudos de caso de nossas experiências em áreas de vulnerabilidade social com estudantes de Educação Física, e mulheres em um programa público de promoção da saúde. Nossos estudos de caso nos ensinaram a relevância da PCA na vida das pessoas, em termos da necessidade de diálogo, importância da solidariedade, poder da esperança e imaginação, possibilidade de humanização, poder do vínculo e realização de benefícios por meio de pequenas vitórias. No Sul Global, concluímos que a humanização é central para a construção de um processo coletivo de superação dos efeitos da precariedade.
{"title":"Precariedade e a necessidade de pedagogias críticas afetivas na Educação Física: lições aprendidas com dois estudos de caso no Brasil","authors":"Heidi Jancer Ferreira, C. Luguetti, David Kirk","doi":"10.5007/2175-8042.2023.e95527","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e95527","url":null,"abstract":"Faz-se necessário compreender a precariedade no Sul Global e aprender com as pedagogias críticas afetivas (PCA) para buscar formas inclusivas, justas e equitativas de educação física. O objetivo deste artigo é explorar o que aprendemos quando desenvolvemos PCA em contextos precários no Brasil. Com base na perspectiva freiriana e na PCA, discutimos dois estudos de caso de nossas experiências em áreas de vulnerabilidade social com estudantes de Educação Física, e mulheres em um programa público de promoção da saúde. Nossos estudos de caso nos ensinaram a relevância da PCA na vida das pessoas, em termos da necessidade de diálogo, importância da solidariedade, poder da esperança e imaginação, possibilidade de humanização, poder do vínculo e realização de benefícios por meio de pequenas vitórias. No Sul Global, concluímos que a humanização é central para a construção de um processo coletivo de superação dos efeitos da precariedade.","PeriodicalId":53317,"journal":{"name":"Motrivivencia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42029338","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-19DOI: 10.5007/2175-8042.2023.e95524
David Kirk
Há uma prevalência crescente de problemas de saúde mental e bem-estar entre crianças e jovens há mais de duas décadas no Reino Unido, situação exacerbada pela pandemia e que certamente perdurará além dela devido a um aumento exponencial da economia gig. As incertezas e a instabilidade que o trabalho gig introduzem na vida das pessoas as deixam doentes e produzem precariedade. Neste contexto, a questão é como a Educação Física deve responder à crescente precariedade? As narrativas dominantes da Educação Física, nos últimos 50 anos, têm sido a preparação para a vindoura sociedade do lazer (que nunca chegou) e a luta contra a obesidade. Embora uma abordagem de prevenção de riscos para a Educação Física como promoção da saúde possa permanecer importante, aulas baseadas em Atividade Física Moderada a Vigorosa (AFMV) podem não ser o que crianças e jovens que sofrem de doença emocional precisam. O artigo defende pedagogias afetivas informadas pela salutogênese como uma resposta apropriada à precariedade. Termina com uma breve revisão das formas pelas quais a precariedade têm sido utilizada na literatura da Educação Física e da Pedagogia do Esporte, oportunidade para argumentar que o conceito, apesar de sua grande importância, ainda não atingiu massivamente os estudiosos de nosso campo.
{"title":"Narrativas pedagógicas da Educação Física em tempos de precariedade","authors":"David Kirk","doi":"10.5007/2175-8042.2023.e95524","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e95524","url":null,"abstract":"Há uma prevalência crescente de problemas de saúde mental e bem-estar entre crianças e jovens há mais de duas décadas no Reino Unido, situação exacerbada pela pandemia e que certamente perdurará além dela devido a um aumento exponencial da economia gig. As incertezas e a instabilidade que o trabalho gig introduzem na vida das pessoas as deixam doentes e produzem precariedade. Neste contexto, a questão é como a Educação Física deve responder à crescente precariedade? As narrativas dominantes da Educação Física, nos últimos 50 anos, têm sido a preparação para a vindoura sociedade do lazer (que nunca chegou) e a luta contra a obesidade. Embora uma abordagem de prevenção de riscos para a Educação Física como promoção da saúde possa permanecer importante, aulas baseadas em Atividade Física Moderada a Vigorosa (AFMV) podem não ser o que crianças e jovens que sofrem de doença emocional precisam. O artigo defende pedagogias afetivas informadas pela salutogênese como uma resposta apropriada à precariedade. Termina com uma breve revisão das formas pelas quais a precariedade têm sido utilizada na literatura da Educação Física e da Pedagogia do Esporte, oportunidade para argumentar que o conceito, apesar de sua grande importância, ainda não atingiu massivamente os estudiosos de nosso campo.","PeriodicalId":53317,"journal":{"name":"Motrivivencia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49146047","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-19DOI: 10.5007/2175-8042.2023.e95529
Felipe Quintão de Almeida, Karen Lorena Gil Eusse
Este artigo discute a pedagogia crítica da Educação Física considerando a precariedade socialmente produzida. Para isso, realiza um diálogo com David Kirk, estudioso reconhecido internacionalmente por seus pensamentos na área. Após descrever sua posição sobre o tema, estabelece com ele uma conversa mediada pela experiência brasileira da Educação Física no contexto da pedagogia crítica.
{"title":"Pedagogia crítica, saúde e precariedade: uma interpretação desde a Educação Física escolar brasileira","authors":"Felipe Quintão de Almeida, Karen Lorena Gil Eusse","doi":"10.5007/2175-8042.2023.e95529","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e95529","url":null,"abstract":"Este artigo discute a pedagogia crítica da Educação Física considerando a precariedade socialmente produzida. Para isso, realiza um diálogo com David Kirk, estudioso reconhecido internacionalmente por seus pensamentos na área. Após descrever sua posição sobre o tema, estabelece com ele uma conversa mediada pela experiência brasileira da Educação Física no contexto da pedagogia crítica.","PeriodicalId":53317,"journal":{"name":"Motrivivencia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46540422","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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