{"title":"八月还是心碎?ALiB项目语料库中北方语言的启示","authors":"Ana Rita Bandeira de Souza, M. Paim","doi":"10.13102/cl.v22iesp..7474","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste trabalho se apresenta um dos aspectos de que se ocupa o Projeto Atlas Linguístico do Brasil (Projeto ALiB), o léxico do português brasileiro. Dessa forma, investiga-se a variação lexical referente à área semântica astros e tempo, nas capitais Macapá, Boa Vista, Manaus, Belém, Rio Branco e Porto Velho, pertencentes à Região Norte do Brasil. Com dois volumes já publicados, o Atlas Linguístico do Brasil contempla aspectos da fonética, incluindo a prosódia, do léxico e da morfossintaxe e, a partir do volume de cartas linguísticas, algumas considerações iniciais já podem ser feitas sobre a diversidade de usos vinculada a áreas específicas, mas também relacionada a fatores sociais. A metodologia empregada neste trabalho consistiu na realização das seguintes etapas: i) leitura de textos teóricos referentes ao tema proposto; ii) escolha e formação do corpus, constituído de inquéritos das capitais selecionadas do Projeto ALiB; e iii) análise do corpus a fim de verificar a variedade lexical em termos diatópicos, diassexuais, diastráticos e diageracionais. Dessa forma, a análise dos inquéritos investigados busca estudar itens lexicais, como, por exemplo, mês do cachorro louco, mês do desgosto, mês junino, mês dos casamentos e mês de São João, presentes no repertório linguístico de informantes, homens e mulheres, da faixa etária I (18-30 anos) e da faixa etária II (50-65 anos), de nível fundamental e universitário, com o intuito de verificar o registro e a documentação da diversidade lexical do português falado no Norte do Brasil, seguindo os princípios da Geolinguística Pluridimensional, seguindo os parâmetros geográficos e sociais. Toma-se como base de análise fraseológica a teoria francesa adotada por Mejri (1997), que investiga os critérios de fixação dessas expressões e o seu uso. Para as análises de motivação semântica dos itens encontrados, busca-se aporte teórico em trabalhos como o de Ferreira e Freitas (1994). Assim, almeja-se evidenciar as comunidades de fala que fazem uso dessas lexias em seu cotidiano, como elas ocorrem, por que ocorrem, além de descrever a variedade lexical dos falares nortistas.","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-10-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Agosto ou desgosto? Revelações do falar nortista no corpus do Projeto ALiB\",\"authors\":\"Ana Rita Bandeira de Souza, M. 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Agosto ou desgosto? Revelações do falar nortista no corpus do Projeto ALiB
Neste trabalho se apresenta um dos aspectos de que se ocupa o Projeto Atlas Linguístico do Brasil (Projeto ALiB), o léxico do português brasileiro. Dessa forma, investiga-se a variação lexical referente à área semântica astros e tempo, nas capitais Macapá, Boa Vista, Manaus, Belém, Rio Branco e Porto Velho, pertencentes à Região Norte do Brasil. Com dois volumes já publicados, o Atlas Linguístico do Brasil contempla aspectos da fonética, incluindo a prosódia, do léxico e da morfossintaxe e, a partir do volume de cartas linguísticas, algumas considerações iniciais já podem ser feitas sobre a diversidade de usos vinculada a áreas específicas, mas também relacionada a fatores sociais. A metodologia empregada neste trabalho consistiu na realização das seguintes etapas: i) leitura de textos teóricos referentes ao tema proposto; ii) escolha e formação do corpus, constituído de inquéritos das capitais selecionadas do Projeto ALiB; e iii) análise do corpus a fim de verificar a variedade lexical em termos diatópicos, diassexuais, diastráticos e diageracionais. Dessa forma, a análise dos inquéritos investigados busca estudar itens lexicais, como, por exemplo, mês do cachorro louco, mês do desgosto, mês junino, mês dos casamentos e mês de São João, presentes no repertório linguístico de informantes, homens e mulheres, da faixa etária I (18-30 anos) e da faixa etária II (50-65 anos), de nível fundamental e universitário, com o intuito de verificar o registro e a documentação da diversidade lexical do português falado no Norte do Brasil, seguindo os princípios da Geolinguística Pluridimensional, seguindo os parâmetros geográficos e sociais. Toma-se como base de análise fraseológica a teoria francesa adotada por Mejri (1997), que investiga os critérios de fixação dessas expressões e o seu uso. Para as análises de motivação semântica dos itens encontrados, busca-se aporte teórico em trabalhos como o de Ferreira e Freitas (1994). Assim, almeja-se evidenciar as comunidades de fala que fazem uso dessas lexias em seu cotidiano, como elas ocorrem, por que ocorrem, além de descrever a variedade lexical dos falares nortistas.