{"title":"复杂知识的交织。神学在后现代和非殖民时代人文、科学和知识相互关系中的地位","authors":"Carlos Mendoza-Alvarez","doi":"10.7559/ephata.2019.292","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A relação da universidade ocidental com o ambiente social e ecológico em tempos de modernidade tardia é complexa, porque se move entre os polos de um modelo de civilização em crise e a alvorada de uma nova configuração de conhecimento que torne sustentável a vida do planeta e da humanidade. Nesse contexto, colocam-se as coordenadas do complexo conhecimento em que a universidade e os movimentos sociais de vítimas sistémicas – como testemunhas do outro lado da modernidade – se abrem para uma nova relação epistémica. Nesta hora crucial, é urgente resgatar o estatuto cognitivo do conhecimento tradicional negado pela racionalidade instrumental, para preservar a vida, dialogando com o pensamento crítico próprio do Ocidente, por fim consciente dos seus próprios limites. Desenha-se assim um modelo de teologia decolonial, nas suas características iniciais – como parte de um diálogo crítico – para construir um novo ethos cultural, político e espiritual, nesta hora marcada por uma racionalidade apocalíptica. Repensar a interdisciplinaridade exige, portanto, não apenas um diálogo científico, mas também a capacidade de construir o conhecimento como uma “ecologia de saberes”, para além de um modelo hegemónico de conhecimento, baseado numa racionalidade instrumental, que está a chegar ao fim. Dentro desse diálogo, a teologia tem um papel irrevogável, que reside em regressar à sua intencionalidade messiánica e kairológica, para pensar sobre a redenção que ocorre neste “tempo do fim”.","PeriodicalId":34496,"journal":{"name":"Ephata","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Los entretejidos del conocimiento complejo. El lugar de la Teología en la interrelación de humanidades, ciencias y saberes en tiempos posmodernos y decoloniales\",\"authors\":\"Carlos Mendoza-Alvarez\",\"doi\":\"10.7559/ephata.2019.292\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A relação da universidade ocidental com o ambiente social e ecológico em tempos de modernidade tardia é complexa, porque se move entre os polos de um modelo de civilização em crise e a alvorada de uma nova configuração de conhecimento que torne sustentável a vida do planeta e da humanidade. Nesse contexto, colocam-se as coordenadas do complexo conhecimento em que a universidade e os movimentos sociais de vítimas sistémicas – como testemunhas do outro lado da modernidade – se abrem para uma nova relação epistémica. Nesta hora crucial, é urgente resgatar o estatuto cognitivo do conhecimento tradicional negado pela racionalidade instrumental, para preservar a vida, dialogando com o pensamento crítico próprio do Ocidente, por fim consciente dos seus próprios limites. Desenha-se assim um modelo de teologia decolonial, nas suas características iniciais – como parte de um diálogo crítico – para construir um novo ethos cultural, político e espiritual, nesta hora marcada por uma racionalidade apocalíptica. Repensar a interdisciplinaridade exige, portanto, não apenas um diálogo científico, mas também a capacidade de construir o conhecimento como uma “ecologia de saberes”, para além de um modelo hegemónico de conhecimento, baseado numa racionalidade instrumental, que está a chegar ao fim. Dentro desse diálogo, a teologia tem um papel irrevogável, que reside em regressar à sua intencionalidade messiánica e kairológica, para pensar sobre a redenção que ocorre neste “tempo do fim”.\",\"PeriodicalId\":34496,\"journal\":{\"name\":\"Ephata\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-09-04\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Ephata\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.7559/ephata.2019.292\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Ephata","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.7559/ephata.2019.292","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Los entretejidos del conocimiento complejo. El lugar de la Teología en la interrelación de humanidades, ciencias y saberes en tiempos posmodernos y decoloniales
A relação da universidade ocidental com o ambiente social e ecológico em tempos de modernidade tardia é complexa, porque se move entre os polos de um modelo de civilização em crise e a alvorada de uma nova configuração de conhecimento que torne sustentável a vida do planeta e da humanidade. Nesse contexto, colocam-se as coordenadas do complexo conhecimento em que a universidade e os movimentos sociais de vítimas sistémicas – como testemunhas do outro lado da modernidade – se abrem para uma nova relação epistémica. Nesta hora crucial, é urgente resgatar o estatuto cognitivo do conhecimento tradicional negado pela racionalidade instrumental, para preservar a vida, dialogando com o pensamento crítico próprio do Ocidente, por fim consciente dos seus próprios limites. Desenha-se assim um modelo de teologia decolonial, nas suas características iniciais – como parte de um diálogo crítico – para construir um novo ethos cultural, político e espiritual, nesta hora marcada por uma racionalidade apocalíptica. Repensar a interdisciplinaridade exige, portanto, não apenas um diálogo científico, mas também a capacidade de construir o conhecimento como uma “ecologia de saberes”, para além de um modelo hegemónico de conhecimento, baseado numa racionalidade instrumental, que está a chegar ao fim. Dentro desse diálogo, a teologia tem um papel irrevogável, que reside em regressar à sua intencionalidade messiánica e kairológica, para pensar sobre a redenção que ocorre neste “tempo do fim”.