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Este artigo, inscrito no campo da Linguística Aplicada, dialoga com outros campos do conhecimento e aborda, principalmente, a ideia de que a linguagem é uma forma de ação. Fundamentalmente, discuto as possíveis formas que essa ação pode assumir, abordando a violência e sua manifestação na forma do bullying. Na medida em que vemos a violência não apenas como um conceito destrutivo, procuro entender como a significação e a ressignificação dos sujeitos, através do bullying, se tornam possíveis e se delineiam a partir de uma violação do outro. De forma a esboçar a maneira danosa e violenta em que o bullying se manifesta, realizo uma análise das formas simbólicas investidas contra as vítimas, por meio das quais uma série de efeitos têm origem. Analiso, principalmente, depoimentos disponíveis em meio público digital, os quais compõem o documentário Marcas de uma geração, disponível no YouTube. Abordo os modos pelos quais diferentes sujeitos são diminuídos, depreciados, excluídos e violentados através do bullying, revelando o modo como a linguagem é utilizada para ferir o outro, especialmente aquele que representa o gênero, a raça, o corpo que não se quer aceitar. Essa discussão sobre o papel central do bullying no processo de formação do sujeito significa, no limite, que outros campos, outras abordagens críticas, além dos estudos da linguagem, deveriam incluir a questão dessa forma de violência em suas abordagens.