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A presença negra na Amazônia segue invisibilizada e negada diante das artimanhas de uma sociedade racista e colonizada. Assim, visualizar as africanidades na região torna-se importante no preenchimento desse “vácuo” científico e social gerado por processos discriminatórios em mais de quinhentos anos de invasão. Neste viés, o artigo fomenta o debate proposto por meio de imagens de mulheres negras que fazem morada nesta Amazônia também negra, objetivando, em contraponto a uma história racista, apresentar essas imagens sob outras perspectivas, com representações que instiguem novas compreensões – agora de resistência e luta. Para tanto, foi empreendida pesquisa etnográfica enquanto participante da construção do boi-bumbá Garantido de Parintins. Como principais conclusões, pode-se perceber que, após historiar as relações entre o boi-bumbá e o protagonismo afro na Amazônia, por meio de Catirina, Anastácia e Rainha Nzinga, há necessidade de maior circulação de trajetórias decoloniais de forma a visibilizar a história vista “de baixo”, por pessoas apagadas propositalmente das narrativas eurocêntricas e racistas.