Izabella Martinello de Oliveira Simões, Silvia Regina Barrile, C. Gimenes, Thainá Tolosa de Bortolli, Marta Helena Souza De Conti, Bruno Martinelli
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Foram coletadas informações sociodemográficas e ginecológicas e realizadas avaliações antropométrica, cardiovascular, sensibilidade dérmica, amplitude de movimento (ADM) dos membros superiores, saturação periférica de oxigênio (SpO2), força muscular inspiratória (PImax), pico de fluxo expiratório (PFE) e mobilidade toracoabdominal. Os dados foram avaliados pelo teste estatístico ANOVA de medidas repetidas e Wilcoxon com correção de Bonferroni (p < 0,05). Resultados: Dezoito mulheres, de 57,44 ± 9,35 anos, tiveram o lado esquerdo mais acometido (61,1%) e a linfonodectomia foi realizada em 50% dos casos. Houve diferenças nas variáveis pressão arterial sistólica e diastólica, PFE e SpO2, índice de amplitude axilar (AV1>AV2), PImax (AV3>AV2), perimetria (AV2>AV3), ADM em todos os eixos de movimento do ombro e em flexão de punho (AV2AV2 e AV1). 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Alterações musculoesquelética, cardiorrespiratória, antropométrica e sensorial após cirurgia de câncer de mama
Resumo Introdução: O câncer de mama é a segunda neoplasia maligna mais encontrada entre as mulheres, sendo a intervenção cirúrgica um dos tratamentos preconizados, o que pode acarretar sequelas físicas e sensoriais importantes. Objetivo: Analisar as funções musculoes-queléticas, cardiorrespiratórias, antropométricas e sensoriais de mulheres submetidas ao procedimento cirúrgico para neoplasia mamária. Métodos: Estudo observacional e transversal com mulheres que realizaram procedimento cirúrgico para ressecção de neoplasia mamária assistidas no interior paulista, Jaú/SP. Foram realizadas três avaliações: pré-cirurgia (AV1), um dia (AV2) e 15 dias após a cirurgia (AV3). Foram coletadas informações sociodemográficas e ginecológicas e realizadas avaliações antropométrica, cardiovascular, sensibilidade dérmica, amplitude de movimento (ADM) dos membros superiores, saturação periférica de oxigênio (SpO2), força muscular inspiratória (PImax), pico de fluxo expiratório (PFE) e mobilidade toracoabdominal. Os dados foram avaliados pelo teste estatístico ANOVA de medidas repetidas e Wilcoxon com correção de Bonferroni (p < 0,05). Resultados: Dezoito mulheres, de 57,44 ± 9,35 anos, tiveram o lado esquerdo mais acometido (61,1%) e a linfonodectomia foi realizada em 50% dos casos. Houve diferenças nas variáveis pressão arterial sistólica e diastólica, PFE e SpO2, índice de amplitude axilar (AV1>AV2), PImax (AV3>AV2), perimetria (AV2>AV3), ADM em todos os eixos de movimento do ombro e em flexão de punho (AV2AV2 e AV1). Conclusão: A cirurgia para exerese de neoplasia mamária acarretou alterações principalmente hemodinâmicas e respiratórias, sobremaneira no primeiro dia após a cirurgia, retornando aos valores basais aproxi-madamente 15 dias após o procedimento.