Michel Marcos Dalmedico, Felipe Mendes Barbosa, Caroline Machado de Toledo, Waleska Alves Martins, Angela do Rocio Fedalto, S. O. Ioshii
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Foram considerados como critérios de elegibilidade ensaios clínicos randomizados que avaliaram o uso de diferentes tipos de balão para tamponamento intrauterino enquanto estratégia para a redução ou cessação da hemorragia pós-parto quando comparados a outras intervenções (farmacológicas ou cirúrgicas). Resultados: Quatro estudos avaliaram 498 pacientes para os desfechos preconizados. Em 80% dos casos relatados observou-se a cessação da hemorragia em um intervalo médio de 15 minutos, após a inserção dos dispositivos. O tempo de permanência dos dispositivos foi de 24 horas. Não foram relatados eventos adversos graves. Devido à heterogeneidade clínica entre os estudos, não foi possível realizar síntese quantitativa. Conclusão: Os achados obtidos não fornecem evidências suficientes para sustentar a utilização rotineira dos dispositivos de tamponamento uterino enquanto prática protocolar no controle da hemorragia pós-parto refratária. 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Tamponamento por balão intrauterino no tratamento da hemorragia pós-parto
Resumo Introdução: A hemorragia pós-parto trata-se de uma emergência obstétrica com elevada prevalência e morbimortalidade significativa, sobretudo em contextos de baixa acessibilidade a serviços especializados de saúde. Objetivo: Avaliar a efetividade do tamponamento por balão intrauterino no controle da hemorragia pós-parto, redução da necessidade de intervenções cirúrgicas de emergência e redução da mortalidade materna. Métodos: Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados, orientada pelo Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions e relatada através do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses. Foram considerados como critérios de elegibilidade ensaios clínicos randomizados que avaliaram o uso de diferentes tipos de balão para tamponamento intrauterino enquanto estratégia para a redução ou cessação da hemorragia pós-parto quando comparados a outras intervenções (farmacológicas ou cirúrgicas). Resultados: Quatro estudos avaliaram 498 pacientes para os desfechos preconizados. Em 80% dos casos relatados observou-se a cessação da hemorragia em um intervalo médio de 15 minutos, após a inserção dos dispositivos. O tempo de permanência dos dispositivos foi de 24 horas. Não foram relatados eventos adversos graves. Devido à heterogeneidade clínica entre os estudos, não foi possível realizar síntese quantitativa. Conclusão: Os achados obtidos não fornecem evidências suficientes para sustentar a utilização rotineira dos dispositivos de tamponamento uterino enquanto prática protocolar no controle da hemorragia pós-parto refratária. A utilização destes dispositivos, no entanto, parece ser promissora diante da falha das intervenções de primeira linha, podendo desempenhar um importante papel em termos de redução de morbimortalidade materna e preservação uterina.