Michel Marcos Dalmedico, S. O. Ioshii, Paula Karina Hembecker, Juliana Londero Silva Ávila
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Foram considerados elegíveis relatos de caso publicados em qualquer idioma, que reportaram pelo menos um caso de reanimação cardiopulmonar em posição prona em pacientes de qualquer idade e em qualquer contexto de atendimento. Resultados Foram recuperados treze estudos que relataram quatorze casos de reanimação reversa bem-sucedidos. Três pacientes faleceram em um intervalo de 30 dias, enquanto os demais sobreviveram sem complicações ou sequelas neurológicas. Conclusão Apesar de evidências limitadas para suportar a tomada de decisão clínica, a reanimação em posição prona parece ser uma alternativa factível em circunstâncias excepcionais, nas quais a mobilização do paciente pode resultar em dano adicional, atrasar ou interromper o suporte avançado de vida (compressões torácicas precoces de alta qualidade e a desfibrilação) ou, ainda, incorrer em riscos ocupacionais à equipe de saúde.","PeriodicalId":33749,"journal":{"name":"Fisioterapia em Movimento","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Reanimação cardiopulmonar em posição prona: uma revisão sistemática de séries/relatos de casos\",\"authors\":\"Michel Marcos Dalmedico, S. O. 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Reanimação cardiopulmonar em posição prona: uma revisão sistemática de séries/relatos de casos
Resumo Introdução A posição prona é um procedimento frequente de cuidados intensivos para pacientes cirúrgicos ou doentes graves. A ocorrência de parada cardiorrespiratória nestes pacientes pode representar um desafio operacional, no qual atrasos relacionados à mobilização para decúbito dorsal implicam em piores desfechos. Objetivo Oferecer um insight clínico a partir da síntese das evidências oriundas de relatos ou séries de casos sobre a utilização de reanimação cardiopulmonar reversa em pacientes cirúrgicos ou em suporte ventilatório invasivo na síndrome do desconforto respiratório agudo grave. Métodos Trata-se de uma revisão sistemática de relatos ou séries de casos condu-zida nas bases de dados PubMed, Scopus, Embase e Google Scholar, além de busca na literatura cinzenta. Foram considerados elegíveis relatos de caso publicados em qualquer idioma, que reportaram pelo menos um caso de reanimação cardiopulmonar em posição prona em pacientes de qualquer idade e em qualquer contexto de atendimento. Resultados Foram recuperados treze estudos que relataram quatorze casos de reanimação reversa bem-sucedidos. Três pacientes faleceram em um intervalo de 30 dias, enquanto os demais sobreviveram sem complicações ou sequelas neurológicas. Conclusão Apesar de evidências limitadas para suportar a tomada de decisão clínica, a reanimação em posição prona parece ser uma alternativa factível em circunstâncias excepcionais, nas quais a mobilização do paciente pode resultar em dano adicional, atrasar ou interromper o suporte avançado de vida (compressões torácicas precoces de alta qualidade e a desfibrilação) ou, ainda, incorrer em riscos ocupacionais à equipe de saúde.