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Realizamos para isto uma abordagem qualitativa, com suporte de estudo de caso, com rastreamento de processos com suporte documental, de dados financeiros e de entrevistas semiestruturadas. Encontramos que primeiro há criação de dois órgãos responsáveis pela paradiplomacia financeira, SEAI e DCP, depois ocorre um drift (ou derivação) institucional que as modifica em SEDAI e DECAP e, por fim, um displacement (ou deslocação) institucional com a divisão da SEDAI em três novas instituições a ACRI, a SDPI e a SESAMPE e uma conversion (ou conversão) do DECAP, para sua continuidade. 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Paradiplomacia financeira e mudanças institucionais: o caso do Rio Grande do Sul (1987 - 2014)
Resumo: Neste artigo exploramos a operacionalização da paradiplomacia financeira no estado do Rio Grande do Sul. Analisamos a trajetória institucional em três períodos (1987-1990, 2007-2010 e 2011-2014), para compreender quais instituições foram criadas e/ou modificadas, como ocorreu a atuação destas instituições estatais na captação de recursos financeiros no exterior e como se deu a efetivação da paradiplomacia financeira no estado, a partir do volume de recurso captado por meio de operações financeiras internacionais. Nossa hipótese principal é que a existência de instituições responsáveis pela paradiplomacia financeira foram relevantes para a captação de recursos pelo estado do Rio Grande do Sul. Realizamos para isto uma abordagem qualitativa, com suporte de estudo de caso, com rastreamento de processos com suporte documental, de dados financeiros e de entrevistas semiestruturadas. Encontramos que primeiro há criação de dois órgãos responsáveis pela paradiplomacia financeira, SEAI e DCP, depois ocorre um drift (ou derivação) institucional que as modifica em SEDAI e DECAP e, por fim, um displacement (ou deslocação) institucional com a divisão da SEDAI em três novas instituições a ACRI, a SDPI e a SESAMPE e uma conversion (ou conversão) do DECAP, para sua continuidade. Também encontramos, a partir das entrevistas, que a efetividade da paradiplomacia financeira no estado foi afetada diretamente por três fatores inter-relacionados: (i) a influência do personalismo; (ii) a limitação da capacidade de endividamento e pagamento das operações financeiras; e (iii) a restrição de instituições financeiras cofinanciadoras de projetos no Rio Grande do Sul.