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O deslocamento de uma situação de hegemonias religiosas para uma situação de pluralismo religioso alterou profundamente as religiões e as suas relações com as pessoas, com as outras religiões e com a sociedade. Dois aspectos desse deslocamento foram a relativização das concepções religiosas e a possibilidade de as pessoas circularem livremente entre as religiões. Ao mesmo tempo em que as religiões são relativizadas – no amplo processo de relativização de crenças e valores – as pessoas afirmam o direito de se movimentar livremente entre as religiões. Esse processo, bastante complexo, trouxe mudanças significativas na forma de se viver a religião. O pressuposto subjacente a este texto é de que a relativização das religiões e a movimentação das pessoas entre as mesmas é um fenômeno que, em certo sentido, pode ser compreendido de forma análoga aos fluxos migratórios.Este artigo quer problematizar esse processo a partir de três conceitos utilizados hoje nos estudos sobre migração: fronteira, identidade religiosa e errância. O pressuposto utilizado é de que alguns conceitos oriundos dos estudos sobre migração podem contribuir para a análise do pluralismo religioso. Num primeiro momento, o artigo examina os contextos dos três conceitos; num segundo momento a aplicação desses conceitos à realidade do pluralismo religioso e, num terceiro momento, aponta três eixos importantes para o estudo do pluralismo atual.