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Resistir para se Divertir, se Divertir para Existir
Este trabalho discute os divertimentos das pessoas negras em Salvador, capital do estado da Bahia, pelo período referente a transição do século XIX para o XX (de 1890 até 1910). O objetivo principal da dissertação é analisar, discutir e inferir sobre as problematizações de como população negra se divertia em uma sociedade marcadamente negra, que passava por mudanças políticas (transição da monarquia para a república), alterações sociais (fim da escravidão via marcos legais) e culturais (tentativa de “civilizar” as pessoas através da proibição e/ou repressão de alguns costumes) – observando como estes elementos influenciaram nas formas de diversões, nas sociabilidades e afins da população negra. Utilizamos os jornais do período como principais fontes, além da legislação do período (código penal de 1890 e constituição de 1891 e outras), relatos de viajantes e afins. Após nossa incursão nas fontes definimos os divertimentos a serem investigados que foram o Samba, o Batuque, o Candomblé, os Festejos do Bonfim e Jogos Proibidos. Nosso referencial teórico foi apresentado de forma fluida durante o texto, bem como a análise das fontes aqui indicadas seguiram em caráter de espiral, buscando a prática de diversão como centro e não seu marco cronológico linear.