{"title":"新闻中的数字叙事:舞台互动","authors":"A. Peixinho, Inês Fonseca Marques","doi":"10.5752/P.2237-9967.2016V5N1P128-143","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Desde o advento da WEB2.0, o Jornalismo tem sofrido profundas alteracoes a varios niveis. Nesta comunicacao, as autoras propoem-se focar a atencao nas mudancas retorico-textuais, patentes no aparecimento de novos suportes que tem permitido novos modelos de texto e novas formas de reportar. Com base numa analise de caso, que tem como corpus um conjunto de cinco reportagens interativas, publicadas entre abril e setembro de 2015, e anunciadas pela SIC como inovadoras, pretende-se problematizar as transformacoes narrativas no Jornalismo, decorrentes do advento da hipertextualidade digital. Se e ja sabido, como bem o tentou demonstrar Joao Canavilhas ha uma decada, que a tradicional superestrutura da noticia – a pirâmide invertida – foi progressivamente substituida no jornalismo online pela “pirâmide deitada” (CANAVILHAS, 2006 e 2007); se os estudos narrativos tem admitido, nos ultimos anos, a necessidade de uma reconfiguracao dos seus aparelhos analiticos e teoricos, em funcao da producao e consumo de narrativas hipertextuais (LITS, 2014; RYAN, 2001); se, como certos autores revelam, o jornalismo tem sido preenchido pela atividade do storytelling digital (ALEXANDER, 2011; RYAN, 2006) cremos, apesar de tudo, nao ter sido ainda claramente demonstrado em que medida as narrativas jornalisticas, de facto, se alteraram. Tentar-se-a, por agora, atraves do estudo de caso, perceber em que medida a interatividade anunciada com entusiasmo pela SIC se concretiza nessas reportagens. 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Narrativas digitais no jornalismo: a interatividade encenada
Desde o advento da WEB2.0, o Jornalismo tem sofrido profundas alteracoes a varios niveis. Nesta comunicacao, as autoras propoem-se focar a atencao nas mudancas retorico-textuais, patentes no aparecimento de novos suportes que tem permitido novos modelos de texto e novas formas de reportar. Com base numa analise de caso, que tem como corpus um conjunto de cinco reportagens interativas, publicadas entre abril e setembro de 2015, e anunciadas pela SIC como inovadoras, pretende-se problematizar as transformacoes narrativas no Jornalismo, decorrentes do advento da hipertextualidade digital. Se e ja sabido, como bem o tentou demonstrar Joao Canavilhas ha uma decada, que a tradicional superestrutura da noticia – a pirâmide invertida – foi progressivamente substituida no jornalismo online pela “pirâmide deitada” (CANAVILHAS, 2006 e 2007); se os estudos narrativos tem admitido, nos ultimos anos, a necessidade de uma reconfiguracao dos seus aparelhos analiticos e teoricos, em funcao da producao e consumo de narrativas hipertextuais (LITS, 2014; RYAN, 2001); se, como certos autores revelam, o jornalismo tem sido preenchido pela atividade do storytelling digital (ALEXANDER, 2011; RYAN, 2006) cremos, apesar de tudo, nao ter sido ainda claramente demonstrado em que medida as narrativas jornalisticas, de facto, se alteraram. Tentar-se-a, por agora, atraves do estudo de caso, perceber em que medida a interatividade anunciada com entusiasmo pela SIC se concretiza nessas reportagens. Para o efeito, parte-se do conceito de interatividade, como reconhecida propriedade hipertextual, para questionar a sua pratica nas reportagens do webjornalismo.