{"title":"监禁环境下护士的情绪能力概况","authors":"Sara Fernandes, Zélia Caçador Anastácio","doi":"10.17060/ijodaep.2022.n1.v2.2369","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A vivência do cuidar da população reclusa, desenvolve-se num ambiente com características específicas, despertando nos enfermeiros sentimentos por vezes ambivalentes que estes necessitam ter a capacidade para gerir. Esta gestão, necessita do desenvolvimento de um conjunto de competências e recursos que dizem respeito à Competência Emocional. O objetivo geral deste estudo foi conhecer o perfil de competência emocional dos enfermeiros em contexto prisional e os objetivos específicos foram: apresentar as variáveis sociodemográficas da amostra, conhecer a relação entre variáveis sociodemográficas e profissionais e o perfil de competência emocional dos enfermeiros em contexto prisional. O estudo é do tipo quantitativo, de carácter descritivo e analítico. Teve como critérios de inclusão enfermeiros que trabalhavam no momento nos Estabelecimentos Prisionais do Porto, Santa Cruz do Bispo e Paços de Ferreira. O instrumento de recolha de dados foi um questionário que se encontra dividido em duas partes. A primeira parte era composta por questões que contemplam variáveis sociodemográficas e profissionais e a segunda parte foi composta pela “Escala Veiga de CE” (EVCE) (Veiga-Branco,1999). A amostra deste estudo foi constituída por 17 enfermeiros, na sua maioria do sexo feminino (52.9%). A grande maioria exercia funções no estabelecimento prisional do Porto (76.5%). Verificou-se existir relação entre a variável sociodemográfica estado civil e a dimensão Automotivação. Com a variável, tempo médio diário de contacto com reclusos também se obtiveram diferenças estatisticamente significativas nas dimensões Autoconsciência, Automotivação e Competência Emocional Global. A satisfação profissional também apresentou diferenças estatisticamente significativas em todas as variáveis dependentes, exceto na Automotivação e na Empatia. Em relação aos determinantes da Competência Emocional, confirmou-se que todas as dimensões são preditivas da mesma e que os enfermeiros apresentam níveis moderados de competência emocional nas suas cinco vertentes e globalmente. 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Perfil de competência emocional de enfermeiros em contexto de reclusao
A vivência do cuidar da população reclusa, desenvolve-se num ambiente com características específicas, despertando nos enfermeiros sentimentos por vezes ambivalentes que estes necessitam ter a capacidade para gerir. Esta gestão, necessita do desenvolvimento de um conjunto de competências e recursos que dizem respeito à Competência Emocional. O objetivo geral deste estudo foi conhecer o perfil de competência emocional dos enfermeiros em contexto prisional e os objetivos específicos foram: apresentar as variáveis sociodemográficas da amostra, conhecer a relação entre variáveis sociodemográficas e profissionais e o perfil de competência emocional dos enfermeiros em contexto prisional. O estudo é do tipo quantitativo, de carácter descritivo e analítico. Teve como critérios de inclusão enfermeiros que trabalhavam no momento nos Estabelecimentos Prisionais do Porto, Santa Cruz do Bispo e Paços de Ferreira. O instrumento de recolha de dados foi um questionário que se encontra dividido em duas partes. A primeira parte era composta por questões que contemplam variáveis sociodemográficas e profissionais e a segunda parte foi composta pela “Escala Veiga de CE” (EVCE) (Veiga-Branco,1999). A amostra deste estudo foi constituída por 17 enfermeiros, na sua maioria do sexo feminino (52.9%). A grande maioria exercia funções no estabelecimento prisional do Porto (76.5%). Verificou-se existir relação entre a variável sociodemográfica estado civil e a dimensão Automotivação. Com a variável, tempo médio diário de contacto com reclusos também se obtiveram diferenças estatisticamente significativas nas dimensões Autoconsciência, Automotivação e Competência Emocional Global. A satisfação profissional também apresentou diferenças estatisticamente significativas em todas as variáveis dependentes, exceto na Automotivação e na Empatia. Em relação aos determinantes da Competência Emocional, confirmou-se que todas as dimensões são preditivas da mesma e que os enfermeiros apresentam níveis moderados de competência emocional nas suas cinco vertentes e globalmente. A dimensão “Autoconsciência”, apresentou alto nível de Competência emocional.