Camila Sousa Farias Araújo, Nicolly Rayanne Flor Oliveira, José Guedes DA Silva Júnior
{"title":"ASPECTO MICROBIOLÓGICO DA VARIANTE B. 1.1.529 DO SARS-COV 2","authors":"Camila Sousa Farias Araújo, Nicolly Rayanne Flor Oliveira, José Guedes DA Silva Júnior","doi":"10.51161/ii-conbrai/5986","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: Em 24 de novembro de 2021 tendo sua primeira aparição no Sul do continente africano e sub-linhagem BA.1, foi sequenciado um novo isolado viral do SARS-COV2, uma variante denominada Omicron (B.1.1.529). Possuindo mutações nas proteínas: NSP3; NSP4; NSP5; NSP6; NSP12; NP12; proteínas das estruturas do envelope, núcleo do capsídeo membrana, e mais de 30 na proteína Spike (S) que é a chave para o potencial infecioso do vírus mutante. Objetivos: Avaliar com base na literatura as zonas mutagênicas da variante e correlacionando impactos na imunização. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica descritiva da literatura em analises de artigos em inglês publicados em periódicos no banco de dados National Center for Biotechnology Information (NCBI) PubMed entre 2022. Foram utilizados 5 artigos como base para o estudo. Resultados e Discussão: O Receptor Binding Domain (RBD) localiza-se na proteína S e viabiliza a ligação do vírus com a célula hospedeira através da ligação com angiotensina 2 (ACE2), estudos ressaltam a importância desta ligação para o potencial infecioso, no entanto, Anticorpos monoclonais (Mabs) são neutralizantes direcionados ao RBD, portanto mutações neste sitio são preocupantes para a comunidade cientifica devido a possibilidade de comprometimento de vacinas baseadas na sequência S original. Nos estudos revisados, foi possível identificar cerca de 7 mutações capazes de permitir escape do vírus a anticorpos neutralizantes: Q493P, I401N, W353R, Y449S, P491R, P491L, Y449D, além destas os fatores RBD T478K, N440K, N501Y influenciam para que a Omicron seja mais infeciosa que a variante Delta, é válido ressaltar que o aumento da taxa de infectividade desta variante não significa que os níveis de morbidade ou mortalidade também possam ser altos, a formação de sincícios em células pulmonares, por exemplo, é menor com esta variante, além disso, multiplica-se mais rapidamente nos brônquios e lentamente nos pulmões, este comportamento pode justificar a sintomatologia leve. Conclusão: Apesar da necessidade de estudos mais aprofundados em relação a variante e o impacto na imunização é comprovado que doses de reforço com vacinas baseadas em mRNA são capazes de neutralizar a B.1.1.529, mas ainda há lacunas que precisam ser desvendadas.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"22 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/5986","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
ASPECTO MICROBIOLÓGICO DA VARIANTE B. 1.1.529 DO SARS-COV 2
Introdução: Em 24 de novembro de 2021 tendo sua primeira aparição no Sul do continente africano e sub-linhagem BA.1, foi sequenciado um novo isolado viral do SARS-COV2, uma variante denominada Omicron (B.1.1.529). Possuindo mutações nas proteínas: NSP3; NSP4; NSP5; NSP6; NSP12; NP12; proteínas das estruturas do envelope, núcleo do capsídeo membrana, e mais de 30 na proteína Spike (S) que é a chave para o potencial infecioso do vírus mutante. Objetivos: Avaliar com base na literatura as zonas mutagênicas da variante e correlacionando impactos na imunização. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica descritiva da literatura em analises de artigos em inglês publicados em periódicos no banco de dados National Center for Biotechnology Information (NCBI) PubMed entre 2022. Foram utilizados 5 artigos como base para o estudo. Resultados e Discussão: O Receptor Binding Domain (RBD) localiza-se na proteína S e viabiliza a ligação do vírus com a célula hospedeira através da ligação com angiotensina 2 (ACE2), estudos ressaltam a importância desta ligação para o potencial infecioso, no entanto, Anticorpos monoclonais (Mabs) são neutralizantes direcionados ao RBD, portanto mutações neste sitio são preocupantes para a comunidade cientifica devido a possibilidade de comprometimento de vacinas baseadas na sequência S original. Nos estudos revisados, foi possível identificar cerca de 7 mutações capazes de permitir escape do vírus a anticorpos neutralizantes: Q493P, I401N, W353R, Y449S, P491R, P491L, Y449D, além destas os fatores RBD T478K, N440K, N501Y influenciam para que a Omicron seja mais infeciosa que a variante Delta, é válido ressaltar que o aumento da taxa de infectividade desta variante não significa que os níveis de morbidade ou mortalidade também possam ser altos, a formação de sincícios em células pulmonares, por exemplo, é menor com esta variante, além disso, multiplica-se mais rapidamente nos brônquios e lentamente nos pulmões, este comportamento pode justificar a sintomatologia leve. Conclusão: Apesar da necessidade de estudos mais aprofundados em relação a variante e o impacto na imunização é comprovado que doses de reforço com vacinas baseadas em mRNA são capazes de neutralizar a B.1.1.529, mas ainda há lacunas que precisam ser desvendadas.