Orquídea Moreira Ribeiro Moreira Ribeiro, Fernando Alberto Torres Moreira, Susana Pimenta
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摘要
根据1933年的宪法,新葡萄牙国家主张个人权利平等,尽管对女性有限制。玛丽亚·特蕾莎·奥尔塔(Maria Teresa Horta)、玛丽亚·韦洛·达·科斯塔(Maria Velho da Costa)和玛丽亚·伊莎贝尔·巴里诺(Maria Isabel Barreno)因为她们的女性身份而受到迫害、否认和虐待,从女性的角度呈现葡萄牙的愿景,在一个几乎不存在女性身份的国家;类似的情况也发生在natalia Correia身上,她在1966年编辑了一些色情文本,这显然是对当时道德的挑衅。从文本和文献诠释学的角度,我们打算解决参考作者的出版物所配置的文化抵抗的例子,证明葡萄牙新国家所实践的排斥和分化的有效情况。我们的结论是,由这些女性主导的文化异议似乎是欧洲其他国家争取平等权利的第一步。
RESISTÊNCIA NO FEMININO DURANTE O ESTADO NOVO EM PORTUGAL: AS ‘TRÊS MARIAS’ E NATÁLIA CORREIA
O Estado Novo português, mediante a Constituição de 1933, advogava a igualdade de direitos dos indivíduos, embora com restrições para o género feminino. Apresentar uma visão de Portugal a partir de um enfoque feminino, num país e numa época em que ser mulher era quase não existir, foi motivo para que Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa e Maria Isabel Barreno fossem perseguidas, repudiadas e maltratadas pela sua condição feminina; situação semelhante viveu Natália Correia que, em 1966, editara uma seleção de textos eróticos, uma óbvia provocação à moral da época. A partir de uma hermenêutica textual e documental, pretende-se abordar exemplos de resistência cultural configurados pelas publicações das autoras referenciadas, comprovando a situação efetiva de exclusão e diferenciação praticadas pelo Estado Novo em Portugal. Conclui-se que a dissidência cultural protagonizada por estas mulheres afigura-se como o primeiro passo alinhado com a luta pela igualdade de direitos na restante Europa.