Julia Massotti Pinto, Eduarda Maiochi, Isadora Antonini Agne, Leticia Woinarovicz, P. S. Souza
{"title":"帕金森病:免疫学综述","authors":"Julia Massotti Pinto, Eduarda Maiochi, Isadora Antonini Agne, Leticia Woinarovicz, P. S. Souza","doi":"10.51161/ii-conbrai/6792","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O Parkinson é uma patologia neurodegenerativa senil, causada, basicamente, por uma perda dos neurônios dopaminérgicos que afeta o sistema extrapiramidal cerebral, resultando em visíveis problemas motores, como bradicinesia, e instabilidade postural, até incômodos psicossociais, depreciando a qualidade de vida de seus portadores. Desse modo, faz-se essencial o conhecimento relativo à sua imunopatogenia e demais consequências ao organismo. Objetivo: O objetivo dessa pesquisa foi aprofundar os conhecimentos relativos à imunologia da Doença de Parkinson e conhecer a influência do sistema imune sobre o tratamento. Material e métodos: Para isso, realizou-se uma revisão bibliográfica narrativa utilizando os descritores “Imunologia do Parkinson”, “Parkinson\\'s immunology”, “Sistema imune e Parkinson” e “Immune system and Parkinson”, nas plataformas SciELO, Google Scholar e PubMed. Em seguida, foram selecionados vinte e três artigos, nos idiomas inglês e português, e destes foram utilizados quinze artigos que mais condizem com a temática. Resultados: Dessa forma, foi possível entender que a Doença de Parkinson apresenta relação com diversos órgãos e sistemas, tendo a sua origem possivelmente relacionada às regiões periféricas, sendo o principal mecanismo envolvido nesta relação o sistema imune, associado à neuroinflamação; e, ainda que não se tenha uma afirmação definitiva acerca do mecanismo etiopatogênico desse desenvolvimento, robustas evidências apontam para a micróglia como o elemento central que orquestra todo o processo patológico, agindo na transformação de um estado de imunovigilância para um estado pró-inflamatório. Este estado de neuroinflamação, por sua vez, ainda parece estar associado e hiperestimulado em indivíduos com disfunção metabólica. Por fim, de acordo com estudos, esse seria um possível caminho para a elaboração de tratamentos mais eficazes e direcionados para a doença. Conclusão: Em suma, uma maior pesquisa e entendimento acerca da relação entre Doença de Parkinson e a imunologia é de extrema importância, uma vez que a relação desta com a imunologia é muito tênue. Ou seja, se o início da doença realmente se dá em órgãos periféricos, antes de chegar ao cérebro, em fase pré-motor, um aprofundamento imunológico e integrador pode interferir nas medicações, cuidados e tratamentos que influenciariam em um melhor prognóstico para o Parkinson.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"15 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"PARKINSON: UMA REVISÃO IMUNOLÓGICA\",\"authors\":\"Julia Massotti Pinto, Eduarda Maiochi, Isadora Antonini Agne, Leticia Woinarovicz, P. S. Souza\",\"doi\":\"10.51161/ii-conbrai/6792\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: O Parkinson é uma patologia neurodegenerativa senil, causada, basicamente, por uma perda dos neurônios dopaminérgicos que afeta o sistema extrapiramidal cerebral, resultando em visíveis problemas motores, como bradicinesia, e instabilidade postural, até incômodos psicossociais, depreciando a qualidade de vida de seus portadores. Desse modo, faz-se essencial o conhecimento relativo à sua imunopatogenia e demais consequências ao organismo. Objetivo: O objetivo dessa pesquisa foi aprofundar os conhecimentos relativos à imunologia da Doença de Parkinson e conhecer a influência do sistema imune sobre o tratamento. Material e métodos: Para isso, realizou-se uma revisão bibliográfica narrativa utilizando os descritores “Imunologia do Parkinson”, “Parkinson\\\\'s immunology”, “Sistema imune e Parkinson” e “Immune system and Parkinson”, nas plataformas SciELO, Google Scholar e PubMed. Em seguida, foram selecionados vinte e três artigos, nos idiomas inglês e português, e destes foram utilizados quinze artigos que mais condizem com a temática. Resultados: Dessa forma, foi possível entender que a Doença de Parkinson apresenta relação com diversos órgãos e sistemas, tendo a sua origem possivelmente relacionada às regiões periféricas, sendo o principal mecanismo envolvido nesta relação o sistema imune, associado à neuroinflamação; e, ainda que não se tenha uma afirmação definitiva acerca do mecanismo etiopatogênico desse desenvolvimento, robustas evidências apontam para a micróglia como o elemento central que orquestra todo o processo patológico, agindo na transformação de um estado de imunovigilância para um estado pró-inflamatório. Este estado de neuroinflamação, por sua vez, ainda parece estar associado e hiperestimulado em indivíduos com disfunção metabólica. Por fim, de acordo com estudos, esse seria um possível caminho para a elaboração de tratamentos mais eficazes e direcionados para a doença. Conclusão: Em suma, uma maior pesquisa e entendimento acerca da relação entre Doença de Parkinson e a imunologia é de extrema importância, uma vez que a relação desta com a imunologia é muito tênue. Ou seja, se o início da doença realmente se dá em órgãos periféricos, antes de chegar ao cérebro, em fase pré-motor, um aprofundamento imunológico e integrador pode interferir nas medicações, cuidados e tratamentos que influenciariam em um melhor prognóstico para o Parkinson.\",\"PeriodicalId\":7739,\"journal\":{\"name\":\"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line\",\"volume\":\"15 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-11-23\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6792\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6792","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Introdução: O Parkinson é uma patologia neurodegenerativa senil, causada, basicamente, por uma perda dos neurônios dopaminérgicos que afeta o sistema extrapiramidal cerebral, resultando em visíveis problemas motores, como bradicinesia, e instabilidade postural, até incômodos psicossociais, depreciando a qualidade de vida de seus portadores. Desse modo, faz-se essencial o conhecimento relativo à sua imunopatogenia e demais consequências ao organismo. Objetivo: O objetivo dessa pesquisa foi aprofundar os conhecimentos relativos à imunologia da Doença de Parkinson e conhecer a influência do sistema imune sobre o tratamento. Material e métodos: Para isso, realizou-se uma revisão bibliográfica narrativa utilizando os descritores “Imunologia do Parkinson”, “Parkinson\'s immunology”, “Sistema imune e Parkinson” e “Immune system and Parkinson”, nas plataformas SciELO, Google Scholar e PubMed. Em seguida, foram selecionados vinte e três artigos, nos idiomas inglês e português, e destes foram utilizados quinze artigos que mais condizem com a temática. Resultados: Dessa forma, foi possível entender que a Doença de Parkinson apresenta relação com diversos órgãos e sistemas, tendo a sua origem possivelmente relacionada às regiões periféricas, sendo o principal mecanismo envolvido nesta relação o sistema imune, associado à neuroinflamação; e, ainda que não se tenha uma afirmação definitiva acerca do mecanismo etiopatogênico desse desenvolvimento, robustas evidências apontam para a micróglia como o elemento central que orquestra todo o processo patológico, agindo na transformação de um estado de imunovigilância para um estado pró-inflamatório. Este estado de neuroinflamação, por sua vez, ainda parece estar associado e hiperestimulado em indivíduos com disfunção metabólica. Por fim, de acordo com estudos, esse seria um possível caminho para a elaboração de tratamentos mais eficazes e direcionados para a doença. Conclusão: Em suma, uma maior pesquisa e entendimento acerca da relação entre Doença de Parkinson e a imunologia é de extrema importância, uma vez que a relação desta com a imunologia é muito tênue. Ou seja, se o início da doença realmente se dá em órgãos periféricos, antes de chegar ao cérebro, em fase pré-motor, um aprofundamento imunológico e integrador pode interferir nas medicações, cuidados e tratamentos que influenciariam em um melhor prognóstico para o Parkinson.