{"title":"在课堂上质疑和颠覆殖民主义做法:对葡萄牙语作为东道国语言教学需求的批判性分析","authors":"Ana Flávia Almeida Marcelino, L. D. Silva","doi":"10.5007/2175-795x.2023.e92555","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Estima-se que, nos últimos 10 anos, houve um aumento de 24,4% no número anual de imigrantes registrados em território brasileiro (SANIELE, 2021). Independente das razões econômicas, políticas e sociais que levam à migração, pode-se afirmar que o ensino da língua portuguesa surge como uma importante ferramenta para que imigrantes e refugiados possam buscar novas oportunidades de emprego, de estudo, e de socialização como um todo. Tendo em vista este contexto, o presente artigo tem por objetivo discutir a importância de uma perspectiva crítica para o ensino de português para imigrantes e refugiados no Brasil. Mais especificamente, partimos da discussão do conceito de português como língua de acolhimento (LOPEZ; DINIZ, 2018) para defender a importância de uma educação linguística pautada na justiça social. Apresentamos, portanto, os preceitos e fundamentos da pedagogia crítica (FREIRE, 2005) e da pedagogia crítica para ensino de línguas (CROOKES, 2013) como possibilidades para um fazer pedagógico que ressignifique o ensino de língua portuguesa de forma a evitar a reprodução de práticas colonialistas e impositivas de ensino. Por meio de uma análise crítica das necessidades de imigrantes e refugiados no sul do Brasil (MARCELINO, 2020), destacamos que o ensino de português deve partir da realidade e das necessidades dos estudantes e também promover encontros interculturais que valorizem suas identidades, histórias e conhecimentos.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"46 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Questionar e subverter práticas colonialistas na sala de aula: a análise crítica de necessidades no ensino de Português como Língua de Acolhimento\",\"authors\":\"Ana Flávia Almeida Marcelino, L. D. Silva\",\"doi\":\"10.5007/2175-795x.2023.e92555\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Estima-se que, nos últimos 10 anos, houve um aumento de 24,4% no número anual de imigrantes registrados em território brasileiro (SANIELE, 2021). Independente das razões econômicas, políticas e sociais que levam à migração, pode-se afirmar que o ensino da língua portuguesa surge como uma importante ferramenta para que imigrantes e refugiados possam buscar novas oportunidades de emprego, de estudo, e de socialização como um todo. Tendo em vista este contexto, o presente artigo tem por objetivo discutir a importância de uma perspectiva crítica para o ensino de português para imigrantes e refugiados no Brasil. Mais especificamente, partimos da discussão do conceito de português como língua de acolhimento (LOPEZ; DINIZ, 2018) para defender a importância de uma educação linguística pautada na justiça social. Apresentamos, portanto, os preceitos e fundamentos da pedagogia crítica (FREIRE, 2005) e da pedagogia crítica para ensino de línguas (CROOKES, 2013) como possibilidades para um fazer pedagógico que ressignifique o ensino de língua portuguesa de forma a evitar a reprodução de práticas colonialistas e impositivas de ensino. Por meio de uma análise crítica das necessidades de imigrantes e refugiados no sul do Brasil (MARCELINO, 2020), destacamos que o ensino de português deve partir da realidade e das necessidades dos estudantes e também promover encontros interculturais que valorizem suas identidades, histórias e conhecimentos.\",\"PeriodicalId\":40693,\"journal\":{\"name\":\"Perspectiva Geografica\",\"volume\":\"46 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2023-08-23\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Perspectiva Geografica\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2023.e92555\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"Q4\",\"JCRName\":\"GEOGRAPHY\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Perspectiva Geografica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2023.e92555","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"GEOGRAPHY","Score":null,"Total":0}
Questionar e subverter práticas colonialistas na sala de aula: a análise crítica de necessidades no ensino de Português como Língua de Acolhimento
Estima-se que, nos últimos 10 anos, houve um aumento de 24,4% no número anual de imigrantes registrados em território brasileiro (SANIELE, 2021). Independente das razões econômicas, políticas e sociais que levam à migração, pode-se afirmar que o ensino da língua portuguesa surge como uma importante ferramenta para que imigrantes e refugiados possam buscar novas oportunidades de emprego, de estudo, e de socialização como um todo. Tendo em vista este contexto, o presente artigo tem por objetivo discutir a importância de uma perspectiva crítica para o ensino de português para imigrantes e refugiados no Brasil. Mais especificamente, partimos da discussão do conceito de português como língua de acolhimento (LOPEZ; DINIZ, 2018) para defender a importância de uma educação linguística pautada na justiça social. Apresentamos, portanto, os preceitos e fundamentos da pedagogia crítica (FREIRE, 2005) e da pedagogia crítica para ensino de línguas (CROOKES, 2013) como possibilidades para um fazer pedagógico que ressignifique o ensino de língua portuguesa de forma a evitar a reprodução de práticas colonialistas e impositivas de ensino. Por meio de uma análise crítica das necessidades de imigrantes e refugiados no sul do Brasil (MARCELINO, 2020), destacamos que o ensino de português deve partir da realidade e das necessidades dos estudantes e também promover encontros interculturais que valorizem suas identidades, histórias e conhecimentos.