Cândida Verônica de Andrade Paz, Eduarda Martins dos Santos, Tássia Aimê Teixeira Nascimento, Rafael Pereira Camargo, L. Junior
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Foram identificados 153 artigos publicados entre 2016 a 2022, nos idiomas português e inglês e após a leitura avaliativa dos resumos dos estudos, 11 trabalhos científicos foram elencados para a produção do presente trabalho. Foram desconsiderados estudos repetidos ou que não atendiam a temática. Resultados: Verificou-se que a DA é destacada pela complexidade de fatores genéticos associados, sendo a neurodegeneração relacionada a alterações no processo de splicing alternativo, onde íntrons passam a executar função codificadora no mRNA. Estudos em animais apontam que mutações nos genes que codificam a DNA polimerase, proteína chave no reparo do DNA, podem acarretar em doenças com o fenótipo de envelhecimento acelerado, resultando em uma disfunção e perda neuronal por meio da privação de energia, a qual é oriunda tanto do descarrilamento metabólico quanto do acúmulo de mitocôndrias danificadas. Biomarcadores inflamatórios, como a interleucina-10 (IL-10), mostram-se com níveis séricos baixos relacionados com a DA. Observaram-se, também, alterações significativas ao nível das células B, as quais nos doentes apresentavam uma expressão aumentada dos marcadores CD69 e CD40, moléculas co-estimuladoras essenciais para troca de classe de imunoglobulina. Conclusão: Sendo assim, fica evidente o papel dos fatores de riscos genéticos e relacionados à imunidade que se convergem para o surgimento e agravamento da neurodegeneração, bem como da neuroinflamação, processos estes que podem ser desacelerados com tratamentos, terapias e mudanças no estilo de vida. Todavia, mais estudos moleculares são necessários para o manejo da solução e prevenção desta patologia.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"43 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"CONFORMAÇÕES GENÉTICAS E IMUNOLÓGICAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER\",\"authors\":\"Cândida Verônica de Andrade Paz, Eduarda Martins dos Santos, Tássia Aimê Teixeira Nascimento, Rafael Pereira Camargo, L. Junior\",\"doi\":\"10.51161/ii-conbrai/6783\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia neurodegenerativa irreversível e a principal causa de demência na senescência. Essa doença é caracterizada por lesões cerebrais responsáveis pelo controle da memória e funções cognitivas. 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CONFORMAÇÕES GENÉTICAS E IMUNOLÓGICAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER
Introdução: A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia neurodegenerativa irreversível e a principal causa de demência na senescência. Essa doença é caracterizada por lesões cerebrais responsáveis pelo controle da memória e funções cognitivas. Estudos apontam uma relação aparente em alterações gênicas, fatores ambientais, bem como nos processos imunológicos interconectados a principais interleucinas. Objetivo: Analisar aspectos imunogenéticos envolvidos na DA. Material e métodos: Revisão narrativa de literatura nas plataformas científicas PUBMED, SCIELO e MEDLINE. Como critério de busca para seleção dos estudos elegíveis foram aplicadas os unitermos: “alzheimer” AND “mutação” AND “imunologia” AND “genética”. Foram identificados 153 artigos publicados entre 2016 a 2022, nos idiomas português e inglês e após a leitura avaliativa dos resumos dos estudos, 11 trabalhos científicos foram elencados para a produção do presente trabalho. Foram desconsiderados estudos repetidos ou que não atendiam a temática. Resultados: Verificou-se que a DA é destacada pela complexidade de fatores genéticos associados, sendo a neurodegeneração relacionada a alterações no processo de splicing alternativo, onde íntrons passam a executar função codificadora no mRNA. Estudos em animais apontam que mutações nos genes que codificam a DNA polimerase, proteína chave no reparo do DNA, podem acarretar em doenças com o fenótipo de envelhecimento acelerado, resultando em uma disfunção e perda neuronal por meio da privação de energia, a qual é oriunda tanto do descarrilamento metabólico quanto do acúmulo de mitocôndrias danificadas. Biomarcadores inflamatórios, como a interleucina-10 (IL-10), mostram-se com níveis séricos baixos relacionados com a DA. Observaram-se, também, alterações significativas ao nível das células B, as quais nos doentes apresentavam uma expressão aumentada dos marcadores CD69 e CD40, moléculas co-estimuladoras essenciais para troca de classe de imunoglobulina. Conclusão: Sendo assim, fica evidente o papel dos fatores de riscos genéticos e relacionados à imunidade que se convergem para o surgimento e agravamento da neurodegeneração, bem como da neuroinflamação, processos estes que podem ser desacelerados com tratamentos, terapias e mudanças no estilo de vida. Todavia, mais estudos moleculares são necessários para o manejo da solução e prevenção desta patologia.