Daniel Oliveira Santos, Christian Wallace Santos Meneses, Melissa Vieira Gomes, Larissa Emily Ogando de Jesus Sena
{"title":"慢性黏膜皮肤念珠菌病患者的先天免疫反应","authors":"Daniel Oliveira Santos, Christian Wallace Santos Meneses, Melissa Vieira Gomes, Larissa Emily Ogando de Jesus Sena","doi":"10.51161/ii-conbrai/6752","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A candidíase mucocutânea crônica (CMC) é uma imunodeficiência primária caracterizada por infecções da pele, unhas e mucosa por espécies de Candida, um organismo comensal, sobretudo da Candida albicans. É comumente aceito que macrófagos, linfócitos citotóxicos, linfócitos T auxiliares, tais como Th1, Th2, Th17, células natural killers e diversas citocinas participam ativamente dos mecanismos de defesa contra a CMC, de modo que alterações da imunidade inata possuem um papel essencial na fisiopatologia dessa doença. Objetivo: Identificar as principais alterações da imunidade inata e a interferência na fisiopatologia da candidíase mucocutânea crônica. Material e métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica de artigos publicados nos últimos 10 anos, nas bases de dados BVS e Uptodate, utilizando “IMUNOLOGIA”, “IMUNIDADE INATA” e “CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA CRÔNICA” como descritores em DeCS/MeSH nos idiomas português e inglês. Dos 14 artigos encontrados, 3 foram utilizados por abordar as alterações imunológicas que ocorrem no paciente com candidíase mucocutânea crônica. Resultados: Com base nos achados, evidencia-se que diversas mutações genéticas relacionadas à CMC resultam, principalmente, na deficiência das células Th17, que medeiam a resposta imunológica, em especial da mucosa, contra fungos e bactérias extracelulares. As células Th17 são responsáveis por produzir IL-22 e diferentes IL-17, que estimulam a produção de citocinas inflamatórias e, consequentemente, recrutam neutrófilos para o local da infecção a fim de combater o fungo extracelular. No entanto, por essa linhagem de células T estar deficiente, não há a devida produção de interleucinas-17, aumentando a suscetibilidade do paciente a desenvolver CMC e doenças bacterianas. Ademais, em associação, há uma ativação das células Th2 pelo Candida, aumentando a suscetibilidade à infecção, visto que essas células estão voltadas para mecanismos contra infecções parasitárias e para produção de IgE, além de suprimir a atividade macrofágica. O resultado dessas alterações imunológicas é uma resposta inata deficiente, dificuldade em eliminar o agente fúngico e, como consequência, uma infecção persistente. Conclusão: Evidencia-se que um paciente com CMC possui alterações imunológicas, tanto por alterações no Th17, como na resposta imune ativando a citocina TH2 que está relacionada a menor atividade fagocitária de modo que potencializa a candidíase em sua forma crônica.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"25 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"AS RESPOSTAS DA IMUNIDADE INATA NO PACIENTE COM CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA CRÔNICA\",\"authors\":\"Daniel Oliveira Santos, Christian Wallace Santos Meneses, Melissa Vieira Gomes, Larissa Emily Ogando de Jesus Sena\",\"doi\":\"10.51161/ii-conbrai/6752\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: A candidíase mucocutânea crônica (CMC) é uma imunodeficiência primária caracterizada por infecções da pele, unhas e mucosa por espécies de Candida, um organismo comensal, sobretudo da Candida albicans. É comumente aceito que macrófagos, linfócitos citotóxicos, linfócitos T auxiliares, tais como Th1, Th2, Th17, células natural killers e diversas citocinas participam ativamente dos mecanismos de defesa contra a CMC, de modo que alterações da imunidade inata possuem um papel essencial na fisiopatologia dessa doença. Objetivo: Identificar as principais alterações da imunidade inata e a interferência na fisiopatologia da candidíase mucocutânea crônica. Material e métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica de artigos publicados nos últimos 10 anos, nas bases de dados BVS e Uptodate, utilizando “IMUNOLOGIA”, “IMUNIDADE INATA” e “CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA CRÔNICA” como descritores em DeCS/MeSH nos idiomas português e inglês. Dos 14 artigos encontrados, 3 foram utilizados por abordar as alterações imunológicas que ocorrem no paciente com candidíase mucocutânea crônica. Resultados: Com base nos achados, evidencia-se que diversas mutações genéticas relacionadas à CMC resultam, principalmente, na deficiência das células Th17, que medeiam a resposta imunológica, em especial da mucosa, contra fungos e bactérias extracelulares. As células Th17 são responsáveis por produzir IL-22 e diferentes IL-17, que estimulam a produção de citocinas inflamatórias e, consequentemente, recrutam neutrófilos para o local da infecção a fim de combater o fungo extracelular. No entanto, por essa linhagem de células T estar deficiente, não há a devida produção de interleucinas-17, aumentando a suscetibilidade do paciente a desenvolver CMC e doenças bacterianas. Ademais, em associação, há uma ativação das células Th2 pelo Candida, aumentando a suscetibilidade à infecção, visto que essas células estão voltadas para mecanismos contra infecções parasitárias e para produção de IgE, além de suprimir a atividade macrofágica. O resultado dessas alterações imunológicas é uma resposta inata deficiente, dificuldade em eliminar o agente fúngico e, como consequência, uma infecção persistente. Conclusão: Evidencia-se que um paciente com CMC possui alterações imunológicas, tanto por alterações no Th17, como na resposta imune ativando a citocina TH2 que está relacionada a menor atividade fagocitária de modo que potencializa a candidíase em sua forma crônica.\",\"PeriodicalId\":7739,\"journal\":{\"name\":\"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line\",\"volume\":\"25 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-01-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6752\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6752","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
AS RESPOSTAS DA IMUNIDADE INATA NO PACIENTE COM CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA CRÔNICA
Introdução: A candidíase mucocutânea crônica (CMC) é uma imunodeficiência primária caracterizada por infecções da pele, unhas e mucosa por espécies de Candida, um organismo comensal, sobretudo da Candida albicans. É comumente aceito que macrófagos, linfócitos citotóxicos, linfócitos T auxiliares, tais como Th1, Th2, Th17, células natural killers e diversas citocinas participam ativamente dos mecanismos de defesa contra a CMC, de modo que alterações da imunidade inata possuem um papel essencial na fisiopatologia dessa doença. Objetivo: Identificar as principais alterações da imunidade inata e a interferência na fisiopatologia da candidíase mucocutânea crônica. Material e métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica de artigos publicados nos últimos 10 anos, nas bases de dados BVS e Uptodate, utilizando “IMUNOLOGIA”, “IMUNIDADE INATA” e “CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA CRÔNICA” como descritores em DeCS/MeSH nos idiomas português e inglês. Dos 14 artigos encontrados, 3 foram utilizados por abordar as alterações imunológicas que ocorrem no paciente com candidíase mucocutânea crônica. Resultados: Com base nos achados, evidencia-se que diversas mutações genéticas relacionadas à CMC resultam, principalmente, na deficiência das células Th17, que medeiam a resposta imunológica, em especial da mucosa, contra fungos e bactérias extracelulares. As células Th17 são responsáveis por produzir IL-22 e diferentes IL-17, que estimulam a produção de citocinas inflamatórias e, consequentemente, recrutam neutrófilos para o local da infecção a fim de combater o fungo extracelular. No entanto, por essa linhagem de células T estar deficiente, não há a devida produção de interleucinas-17, aumentando a suscetibilidade do paciente a desenvolver CMC e doenças bacterianas. Ademais, em associação, há uma ativação das células Th2 pelo Candida, aumentando a suscetibilidade à infecção, visto que essas células estão voltadas para mecanismos contra infecções parasitárias e para produção de IgE, além de suprimir a atividade macrofágica. O resultado dessas alterações imunológicas é uma resposta inata deficiente, dificuldade em eliminar o agente fúngico e, como consequência, uma infecção persistente. Conclusão: Evidencia-se que um paciente com CMC possui alterações imunológicas, tanto por alterações no Th17, como na resposta imune ativando a citocina TH2 que está relacionada a menor atividade fagocitária de modo que potencializa a candidíase em sua forma crônica.