Patrícia Quirino Rocha, Maria Augusta Mundim Vargas
{"title":"巴伊亚腹地的妇女集市网络","authors":"Patrícia Quirino Rocha, Maria Augusta Mundim Vargas","doi":"10.46551/RC24482692202111","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo propõe-se a compreender as territorialidades de mulheres feirantes da feira de Euclides da Cunha/BA. As mulheres estão e são feirantes como resultado de conflitos travados desde o ambiente doméstico até os locais públicos: a feira. Observamos as práticas, os saberes e os vínculos das feirantes com os produtos de suas barracas, de forma a identificar como essas conexões revelam pertencimento ao sertão. A percepção, ancorada na fenomenologia existencial de Merleau-Ponty (1999) e nos sentidos corporais sinalizados por Tuan (1983), foi o caminho pelo qual buscamos compreender o mundo vivido das mulheres feirantes. Concebemos a feira como território perpassado por redes, que conectam feirantes, fregueses e produtos, numa dinamicidade que abrange relações de poder símbolicas e concretas. Na feira, as relações mercadológicas não são as únicas, para além destas, há relações de sociabilidade, confiança e amizade, ambas construtoras das territorialidades que marcam os sentidos de “ser mulher” e “ser feirante”.","PeriodicalId":31616,"journal":{"name":"Revista Cerrados","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-04-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Redes de mulheres feirantes no Sertão Baiano\",\"authors\":\"Patrícia Quirino Rocha, Maria Augusta Mundim Vargas\",\"doi\":\"10.46551/RC24482692202111\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O presente artigo propõe-se a compreender as territorialidades de mulheres feirantes da feira de Euclides da Cunha/BA. As mulheres estão e são feirantes como resultado de conflitos travados desde o ambiente doméstico até os locais públicos: a feira. Observamos as práticas, os saberes e os vínculos das feirantes com os produtos de suas barracas, de forma a identificar como essas conexões revelam pertencimento ao sertão. A percepção, ancorada na fenomenologia existencial de Merleau-Ponty (1999) e nos sentidos corporais sinalizados por Tuan (1983), foi o caminho pelo qual buscamos compreender o mundo vivido das mulheres feirantes. Concebemos a feira como território perpassado por redes, que conectam feirantes, fregueses e produtos, numa dinamicidade que abrange relações de poder símbolicas e concretas. Na feira, as relações mercadológicas não são as únicas, para além destas, há relações de sociabilidade, confiança e amizade, ambas construtoras das territorialidades que marcam os sentidos de “ser mulher” e “ser feirante”.\",\"PeriodicalId\":31616,\"journal\":{\"name\":\"Revista Cerrados\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-04-29\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Cerrados\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.46551/RC24482692202111\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Cerrados","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.46551/RC24482692202111","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O presente artigo propõe-se a compreender as territorialidades de mulheres feirantes da feira de Euclides da Cunha/BA. As mulheres estão e são feirantes como resultado de conflitos travados desde o ambiente doméstico até os locais públicos: a feira. Observamos as práticas, os saberes e os vínculos das feirantes com os produtos de suas barracas, de forma a identificar como essas conexões revelam pertencimento ao sertão. A percepção, ancorada na fenomenologia existencial de Merleau-Ponty (1999) e nos sentidos corporais sinalizados por Tuan (1983), foi o caminho pelo qual buscamos compreender o mundo vivido das mulheres feirantes. Concebemos a feira como território perpassado por redes, que conectam feirantes, fregueses e produtos, numa dinamicidade que abrange relações de poder símbolicas e concretas. Na feira, as relações mercadológicas não são as únicas, para além destas, há relações de sociabilidade, confiança e amizade, ambas construtoras das territorialidades que marcam os sentidos de “ser mulher” e “ser feirante”.