A. Araújo, R. A. D. Silva, Lívia Menezes Borralho, Tânia Maria Ribeiro Monteiro de Figueiredo
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Os dados foram de julho a outubro de 2017, a partir de entrevistas semiestruturadas, com questionário que contemplou variáveis sociais, de saúde-doença e de cuidado em saúde. A análise bivariada foi realizada através do SPSS v.13.0. Houve predominância do sexo masculino, da fase adulto-jovem, baixa escolaridade, com exposição à violência, do impedimento de realizar atividades ocupacionais após o adoecimento, diagnósticos tardios da tuberculose e realizados em hospitais públicos. Os casos novos, a forma pulmonar, cura da tuberculose e a falta de antituberculostáticos e antirretrovirais também foram evidenciados. A exposição à violência, o afastamento de atividades ocupacionais e a falta de medicamentos durante o tratamento foram achados inéditos e configuram-se como desafios que provavelmente desfavorecem a adesão terapêutica e dificultam o controle de ambos os agravos. 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Análise transversal da coinfecção tuberculose-HIV em municípios brasileiros
A coinfecção tuberculose-HIV configura-se como um desafio para a saúde pública, principalmente nas regiões em desenvolvimento socioeconômico. O objetivo deste estudo é identificar aspectos sociais, de saúde-doença e de cuidado em saúde de pessoas acometidas com a coinfecção tuberculose-HIV que realizaram o tratamento da tuberculose. É um estudo transversal, realizado em dois municípios brasileiros de grande porte, localizados no estado da Paraíba. Teve como população todos os doentes coinfectados com tuberculose-HIV com diagnóstico e tratamento da tuberculose em 2016. Com amostra censitária, participaram 35 pessoas. Os dados foram de julho a outubro de 2017, a partir de entrevistas semiestruturadas, com questionário que contemplou variáveis sociais, de saúde-doença e de cuidado em saúde. A análise bivariada foi realizada através do SPSS v.13.0. Houve predominância do sexo masculino, da fase adulto-jovem, baixa escolaridade, com exposição à violência, do impedimento de realizar atividades ocupacionais após o adoecimento, diagnósticos tardios da tuberculose e realizados em hospitais públicos. Os casos novos, a forma pulmonar, cura da tuberculose e a falta de antituberculostáticos e antirretrovirais também foram evidenciados. A exposição à violência, o afastamento de atividades ocupacionais e a falta de medicamentos durante o tratamento foram achados inéditos e configuram-se como desafios que provavelmente desfavorecem a adesão terapêutica e dificultam o controle de ambos os agravos. Esses resultados revelam a necessidade de ações intersetoriais, com o objetivo de desenvolver ações estratégicas que contribuam para a redução das desigualdades sociais e, consequentemente, para o controle dos agravos.