Mindfulness como alavanca da empatia no desenvolvimento da criança em contexto escolar

A ínsula constitui uma estrutura cerebral envolvida pelos lobos frontal, temporal e parietal, com funções ligadasao processamento somatos sensoriale visceral, à empatiae ao reconhecimento desi mesmo. Está relacionada com a capacidade de perceber a dor do outro e a consciência dos sentimentos. A sua ativação parece estar relacionada com a empatia emocional e cognitiva. Por vezes a empatia é confundida com simpatia e compaixão. A tomada de consciência, através da atenção plena, permite observar a transitoriedade dos pensamentos e sentimentos, ao mesmo tempo que são ativadas as neuroestruturas, nomeadamente da ínsula, ligada ao desenvolvimento da empatia. Desta forma a prática de mindfulness surge como uma ferramenta, que permite a ativação da ínsula, responsável pela empatia emocional (afetiva) e cognitiva (racional). A introdução de mindfulness em meio escolar é fundamental para cultivar a consciência e a manifestação das emoções, bem como o desenvolvimento da literacia emocional. Como metodologia optou-se por uma revisão narrativa, embora seguindo o modelo População, Conceito, Contexto (PCC) do Joanna de Briggs Institute (JBI), na pesquisa de artigos, utilizando as bases de dados Scielo, PubMed, Web of Science, Medline e B-on. Definiram-se os seguintes critérios de inclusão: artigos de revistas científicas completos; publicados em português, inglês e espanhol; e publicados no período de 2009 a 2022. Dos artigos encontrados foram selecionados 14 artigos de revistas científicas. Os estudos demostram que a prática de mindfulness constitui uma ferramenta importante em contexto escolar, fundamental para cultivar a consciência de si próprio, a consciência emocional e a literacia emocional, tornando as crianças mais capazes na aprendizagem e nas relações humanas.