Nuria Fernández Castro, Eliane Aparecida Del Lama, M. Frascá, A. Costa
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Para ser designada, uma rocha precisa ser formalmente proposta à Subcomissão de Pedras do Patrimônio da Comissão Internacional de Geopatrimônio (HSS/ICG) da IUGS, seguindo o padrão de relatório da HSS e sustentada por publicações científicas e técnicas, com detalhamento das características geológicas e tecnológicas da pedra candidata, pedreiras de origem e justificativa do seu valor cultural para a humanidade. Já obtiveram a designação 32 pedras, algumas componentes do patrimônio de muitos países, como o Mármore Carrara, da Itália, e outras de uso regional, mas significantes para a cultura global por integrar patrimônios da humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), como o Calcário Jaisalmer, daÍndia. Pelo Brasil, duas pedras serão propostas em 2023: o Gnaisse Facoidal, do Rio de Janeiro, e o Esteatito, de Minas Gerais. A escassa e dispersa informação disponível no Brasil sobre os materiais pétreos utilizados no patrimônio representa um desafio, e a contribuição dos geocientistas é fundamental para propor novas candidaturas a Pedras do Patrimônio da IUGS por meio da documentação das características, da origem e do uso das pedras brasileiras. Ainda, o compartilhamento do conhecimento com profissionais de outras áreas e a divulgação para a sociedade são importantes contribuições para a conservação do patrimônio cultural brasileiro.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"68 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-05-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Pedras do patrimônio da IUGS: histórico e requisitos\",\"authors\":\"Nuria Fernández Castro, Eliane Aparecida Del Lama, M. Frascá, A. 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Pedras do patrimônio da IUGS: histórico e requisitos
Este artigo trata do histórico e do enquadramento atual da designação Pedra do Patrimônio da União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS) outorgada a rochas utilizadas em construções arquitetônicas e monumentos representativos de aspectos integrais da cultura humana. A designação Pedra do Patrimônio da IUGS visa contribuir para a disseminação do conhecimento geológico na sociedade e para a conservação dos monumentos. Para ser designada, uma rocha precisa ser formalmente proposta à Subcomissão de Pedras do Patrimônio da Comissão Internacional de Geopatrimônio (HSS/ICG) da IUGS, seguindo o padrão de relatório da HSS e sustentada por publicações científicas e técnicas, com detalhamento das características geológicas e tecnológicas da pedra candidata, pedreiras de origem e justificativa do seu valor cultural para a humanidade. Já obtiveram a designação 32 pedras, algumas componentes do patrimônio de muitos países, como o Mármore Carrara, da Itália, e outras de uso regional, mas significantes para a cultura global por integrar patrimônios da humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), como o Calcário Jaisalmer, daÍndia. Pelo Brasil, duas pedras serão propostas em 2023: o Gnaisse Facoidal, do Rio de Janeiro, e o Esteatito, de Minas Gerais. A escassa e dispersa informação disponível no Brasil sobre os materiais pétreos utilizados no patrimônio representa um desafio, e a contribuição dos geocientistas é fundamental para propor novas candidaturas a Pedras do Patrimônio da IUGS por meio da documentação das características, da origem e do uso das pedras brasileiras. Ainda, o compartilhamento do conhecimento com profissionais de outras áreas e a divulgação para a sociedade são importantes contribuições para a conservação do patrimônio cultural brasileiro.