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INIQUIDADES EM SAÚDE: UM OLHAR DO HU-UFGD PARA A SAÚDE NA RESERVA INDÍGENA DE DOURADOS-MS (RID)
Atualmente no Brasil, há pouca produção sistemática acerca do peso da dimensão étnicoracial na expressão diferenciada dos agravos à saúde. No cotidiano, minorias vivenciam situações de exclusão, marginalidade e discriminação que as expõem a uma maior vulnerabilidade frente aos agravos à saúde. Este texto busca compreender a situação dos indígenas moradores na Reserva Indígena de Dourados-MS, a partir do Hospital Universitário da UFGD, onde índices de morbidade e mortalidade são mais elevados do que os registrados em nível nacional; fome e desnutrição, riscos ocupacionais e violência social são apenas alguns dos múltiplos reflexos sobre a saúde decorrentes da persistência da desigualdade. A pesquisa foi realizada no HU-UFGD com os pacientes indígenas internados e/ou seus acompanhantes, com um questionário semiestruturado com objetivo de entender a relação espacial com o processo saúde-doença dos mesmos. Os resultados revelaram que todos os pacientes indígenas apresentaram patologias que se relacionam ao seu espaço, cujas doenças infectocontagiosas e sociais prevalecem com índices elevados, em contraposição aos dados epidemiológicos nacional e local, demonstrando as diferentes formas de iniquidades em saúde a que população indígena está submetida.