2018年sao保罗选出的联邦代表是女权主义者还是反女权主义者?

Isadora Gonzaga Postingher, V. S. Silva
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摘要

女权主义为妇女争取公民、政治和社会权利的斗争导致了一些成就,如在许多被认为是民主国家,特别是西方国家的立法和行政部门担任候选人、投票和选举职位的可能性。对平等的要求产生了平权政策,这意味着各政党有义务在立法选举中提名妇女候选人。然而,候选人是“女性”这一事实并不能保证她在当选后将采取女权主义行动——捍卫女性的历史和基本议程。甚至一些女性候选人也可能利用自己的反女权主义立场当选。这可以通过分析在2018年选举中由sao Paulo州选出的四名联邦议员的一些推特帖子来说明:Joice Hasselmann (PSL)、Tabata Amaral (PDT)、katia Sastre (PL)和samia Bomfim (PSOL)。当选代表的立场是否允许我们断言他们可以被归类为女权主义者或反女权主义者?回答这个问题,我们选择了一些女权主义或描述什么是一个反对女权主义的。通过为两个“理想类型”指weberiano—强调位置高度极化—允许追踪演讲的夫人在开始的一个意识形态的一个极端antifeminismo和结束在一个极端女权主义,通过中间两个位置:antifeminismo白兰度和女权主义白兰度。
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As deputadas federais eleitas por São Paulo, em 2018, são feministas ou antifeministas?
As lutas feministas pelos direitos civis, políticos e sociais para as mulheres foram responsáveis por conquistas, tais como a possibilidade de se candidatar, votar e exercer cargos eletivos no legislativo e executivo de vários países considerados democráticos, principalmente no Ocidente. As reivindicações por igualdade geraram políticas afirmativas que implicaram a obrigação – por parte dos partidos políticos – de apresentarem candidatas mulheres nos pleitos para os legislativos. Entretanto, o fato de uma candidata ser “mulher” não garante que terá uma atuação feminista – na defesa de pautas históricas e fundamentais para as mulheres – caso seja eleita. Inclusive, algumas candidatas podem se valer de sua postura antifeminista para se elegerem. Isso pode ser ilustrado por meio da análise de algumas postagens no Twitter, nos discursos de quatro deputadas federais, eleitas pelo estado de São Paulo, nas eleições de 2018: Joice Hasselmann (PSL), Tabata Amaral (PDT), Kátia Sastre (PL) e Sâmia Bomfim (PSOL). Os posicionamentos das deputadas eleitas permitem afirmar que poderiam ser classificadas como feministas ou antifeministas? Para responder essa questão, escolhemos caracterizar o que seria um discurso feminista ou antifeminista por meio da elaboração de dois “tipos ideais” no sentido weberiano – enfatizando posições altamente polarizadas – de modo a permitir localizar os discursos das deputadas dentro de um espectro ideológico que inicia em um extremo antifeminismo e termina em um extremo feminismo, passando por duas posições intermediárias: antifeminismo brando e feminismo brando.
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