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PENSAR A EXPERIÊNCIA LITERÁRIA A PARTIR DA “VIRADA ONTOLÓGICA”: FICÇÃO, ANTROPOLOGIA, METAFÍSICA
Pelo menos desde a década de 1990 vem ocorrendo a partir da antropologia o que ficou conhecido como “virada ontológica”. Influenciada pelo “perspectivismo ameríndio”, entre outros trabalhos, essa virada põe em cena justamente aquilo que toda ficção tensiona: os limites de nosso mundo, a consistência de mundos outros e a possibilidade de travessia para eles. O objetivo deste artigo é investigar as contribuições que a chamada “virada ontológica” pode trazer não só para o conceito de ficção, como também para a compreensão da experiência literária. Dessa forma, primeiro faremos um breve levantamento acerca do conceito de ficção e das aproximações recentemente feitas entre ficção, antropologia e metafísica. Depois, traçaremos as bases da “virada ontológica”. Por último, com a ajuda do conceito de “expresso transumwéltico” proposto pelo filósofo argentino Gabriel Catren, esboçaremos uma abordagem teórica que leve em conta o emaranhado entre ficção, antropologia e metafísica.