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O transformismo permanente: Gramsci e a crítica do fetichismo histórico e da mitologia nacional
A fraqueza das classes dirigente italianas é uma questão orgânica, presente em profundidade na obra de Gramsci, que abraça alguns plexos temáticos: a estagnação do desenvolvimento da civilidade comunal e a falta da formação de um estado unitário moderno; os limites do “Risorgimento” e a ausência de uma realizada dialética parlamentar na idade liberal, a «revolução passiva» como método permanente de modernização conservadora. Nessa temática tem um lugar central ainda o fenômeno da absorção, por parte do Estado e das classes dominantes, dos intelectuais e dirigentes do movimento operário nas fases de «inflexão histórica». A análise de Gramsci acerca deste fenômeno lança uma luz nova sobre o problema tipicamente italiano do «transformismo», não um simples fenômeno de maus costumes políticos, mas um preciso processo de cooptação, desde o “Risorgimento” e a partir desse período, através do qual as classes dominantes têm consolidado o seu poder, absorvendo metodicamente os elementos novos emersos dos acontecimentos políticos e sociais.