{"title":"假新闻和阴谋论面对荒谬","authors":"Arthur Freire Simões Pires","doi":"10.34019/1981-4070.2022.v16.38614","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo, sob tom ensaístico, estabelece uma discussão a partir dos conceitos de fake news e teorias da conspiração, leia-se a ornamentação contemporânea da mentira política, face ao absurdismo camusiano. O empreendimento teórico é lastreado em uma epistemologia dialógica com o intuito de estender a discussão, que está, em maioria, no efeito destes artifícios, para como os procedimentos de como a corrupção da factibilidade operam no plano da consciência. De antemão, considera-se que tanto as notícias falsas quanto as narrativas conspiratórias constituem lugar comum na mácula do campo comunicacional. Considerando as propriedades religiosas e ideológicas as quais fundamentam a morfologia atual da mentira, foi constatado que sua agência reside no eclipse ao absurdo, como maneira de fazer tábula rasa da consciência humana. A origem deste modus operandi é o fato de que os ideais são erigidos sob nome de uma utopia construída em nome de um homem que jamais existiu. Assim sendo, neste vácuo, o arrivismo emerge como método e, portanto, tudo se justifica sobre valores insustentáveis. Incute-se o defensivismo para expurgo de qualquer oposição à unidade e ao sentido artificiais provenientes da também artificial clareza da existência. Mente-se em nome do êxito da subversão, em nome do processo de destruição. A condição humana é ocultada de seus interlocutores — que possuem alguma predisposição, pois são um demográfico selecionado —, e com ela, o potencial do despertar para esta que é uma peste coletiva dos tempos atuais.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"52 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Notícias falsas e teorias da conspiração face ao absurdo\",\"authors\":\"Arthur Freire Simões Pires\",\"doi\":\"10.34019/1981-4070.2022.v16.38614\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo, sob tom ensaístico, estabelece uma discussão a partir dos conceitos de fake news e teorias da conspiração, leia-se a ornamentação contemporânea da mentira política, face ao absurdismo camusiano. O empreendimento teórico é lastreado em uma epistemologia dialógica com o intuito de estender a discussão, que está, em maioria, no efeito destes artifícios, para como os procedimentos de como a corrupção da factibilidade operam no plano da consciência. De antemão, considera-se que tanto as notícias falsas quanto as narrativas conspiratórias constituem lugar comum na mácula do campo comunicacional. Considerando as propriedades religiosas e ideológicas as quais fundamentam a morfologia atual da mentira, foi constatado que sua agência reside no eclipse ao absurdo, como maneira de fazer tábula rasa da consciência humana. A origem deste modus operandi é o fato de que os ideais são erigidos sob nome de uma utopia construída em nome de um homem que jamais existiu. Assim sendo, neste vácuo, o arrivismo emerge como método e, portanto, tudo se justifica sobre valores insustentáveis. Incute-se o defensivismo para expurgo de qualquer oposição à unidade e ao sentido artificiais provenientes da também artificial clareza da existência. Mente-se em nome do êxito da subversão, em nome do processo de destruição. A condição humana é ocultada de seus interlocutores — que possuem alguma predisposição, pois são um demográfico selecionado —, e com ela, o potencial do despertar para esta que é uma peste coletiva dos tempos atuais.\",\"PeriodicalId\":18053,\"journal\":{\"name\":\"Lumina\",\"volume\":\"52 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-12-30\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Lumina\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.38614\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Lumina","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.38614","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Notícias falsas e teorias da conspiração face ao absurdo
Este artigo, sob tom ensaístico, estabelece uma discussão a partir dos conceitos de fake news e teorias da conspiração, leia-se a ornamentação contemporânea da mentira política, face ao absurdismo camusiano. O empreendimento teórico é lastreado em uma epistemologia dialógica com o intuito de estender a discussão, que está, em maioria, no efeito destes artifícios, para como os procedimentos de como a corrupção da factibilidade operam no plano da consciência. De antemão, considera-se que tanto as notícias falsas quanto as narrativas conspiratórias constituem lugar comum na mácula do campo comunicacional. Considerando as propriedades religiosas e ideológicas as quais fundamentam a morfologia atual da mentira, foi constatado que sua agência reside no eclipse ao absurdo, como maneira de fazer tábula rasa da consciência humana. A origem deste modus operandi é o fato de que os ideais são erigidos sob nome de uma utopia construída em nome de um homem que jamais existiu. Assim sendo, neste vácuo, o arrivismo emerge como método e, portanto, tudo se justifica sobre valores insustentáveis. Incute-se o defensivismo para expurgo de qualquer oposição à unidade e ao sentido artificiais provenientes da também artificial clareza da existência. Mente-se em nome do êxito da subversão, em nome do processo de destruição. A condição humana é ocultada de seus interlocutores — que possuem alguma predisposição, pois são um demográfico selecionado —, e com ela, o potencial do despertar para esta que é uma peste coletiva dos tempos atuais.