A. C. Andrade, Sabryna Maciel Da Cunha, Luana Fernanda Fernandes Andrade, Yuri Camilo de Carvalho, Myllene Maciel Natividade
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Metodologia: Foram selecionados artigos científicos nas base de dados PubMed, UpToDate e LILACS, incluindo revisões sistemáticas que foram publicados nos últimos 7 anos, amostragem com reduzido viés e com randomização adequada. Resultados: A possibilidade de prevenir a dermatite atópica no período neonatal desencadeou esforços da comunidade científica para testar a terapia emoliente. Inicialmente, alguns estudos se mostraram promissores, pois demonstraram a redução na incidência da doença nos recém-nascidos que foram submetidos à terapia. Em contraposição, outros estudos elucidaram a ausência de evidências que comprovem a redução da incidência de eczema em função do uso regular de emolientes no primeiro ano de vida. Ademais, em função da falta de respostas concretas no meio científico, a terapia emoliente foi posta à prova recentemente. Logo em seguida, foi realizada uma metanálise que evidenciou que o risco de desenvolvimento da condição foi significativamente reduzido até 12 meses de idade no grupo que utilizou emolientes comparado ao grupo sem tratamento ou ao grupo placebo. O efeito protetor foi visto apenas quando analisou-se o desfecho enquanto o neonato ainda estava em uso regular. Conclusão: Portanto, com base nos estudos analisados, é notável que o uso de emolientes de forma regular pode atrasar o desenvolvimento da dermatite atópica em recém-nascidos com histórico familiar de atopia. 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O USO DE EMOLIENTES NA PREVENÇÃO DA DERMATITE ATÓPICA EM RECÉM-NASCIDOS COM HISTÓRICO FAMILIAR DE ATOPIA
Introdução: A dermatite atópica é uma condição inflamatória cutânea crônica que tem seu pico de incidência de 3 a 6 meses de vida. Estudos recentes evidenciaram que a disfunção na integridade da barreira epidérmica é um dos principais mecanismos patogênicos. Nesse sentido, após o reconhecimento dessa alteração, possíveis medidas preventivas direcionadas à proteção da barreira cutânea, como o uso de emolientes de forma regular em neonatos, vêm sendo analisadas. Objetivos: Analisar os impactos do uso de emolientes para prevenção da dermatite atópica com o intuito de observar prováveis benefícios para crianças com histórico familiar de atopia. Metodologia: Foram selecionados artigos científicos nas base de dados PubMed, UpToDate e LILACS, incluindo revisões sistemáticas que foram publicados nos últimos 7 anos, amostragem com reduzido viés e com randomização adequada. Resultados: A possibilidade de prevenir a dermatite atópica no período neonatal desencadeou esforços da comunidade científica para testar a terapia emoliente. Inicialmente, alguns estudos se mostraram promissores, pois demonstraram a redução na incidência da doença nos recém-nascidos que foram submetidos à terapia. Em contraposição, outros estudos elucidaram a ausência de evidências que comprovem a redução da incidência de eczema em função do uso regular de emolientes no primeiro ano de vida. Ademais, em função da falta de respostas concretas no meio científico, a terapia emoliente foi posta à prova recentemente. Logo em seguida, foi realizada uma metanálise que evidenciou que o risco de desenvolvimento da condição foi significativamente reduzido até 12 meses de idade no grupo que utilizou emolientes comparado ao grupo sem tratamento ou ao grupo placebo. O efeito protetor foi visto apenas quando analisou-se o desfecho enquanto o neonato ainda estava em uso regular. Conclusão: Portanto, com base nos estudos analisados, é notável que o uso de emolientes de forma regular pode atrasar o desenvolvimento da dermatite atópica em recém-nascidos com histórico familiar de atopia. Contudo, ainda não existem evidências tangíveis que constatem a prevenção do desenvolvimento da doença supracitada.