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Pacto e exorcismo no Cordel 'A Mulher que enganou o Diabo'
Este artigo pretende mostrar uma compreensão possível de pactos com o Diabo e de exorcismos desde o período colonial e situar esta mentalidade presente no cordel ‘A Mulher que enganou o Diabo’, de Manoel D’Almeida Filho. O objetivo é analisar os pactos realizados com o Diabo e verificar a inversão de poder entre a mulher e o Diabo, que é exorcizado ao final da narrativa. O referencial teórico de Laura de Mello e Souza corrobora na discussão e compreensão do contexto histórico colonial, período em que a mentalidade de pactos com o Diabo e de exorcismos povoava o imaginário popular. A teopoética é o viés da compreensão deste trabalho. Antônio Carlos Magalhães e Salma Ferraz fazem o pano de fundo teopoético deste estudo e auxiliam na aproximação entre a teologia e a literatura. A metodologia escolhida é a pesquisa bibliográfica, promovendo a compreensão do imaginário cordelista sobre pactos e exorcismos e a leitura analítica do folheto escolhido. Uma possível forma de exorcismo cultural e literário, imagético e espiritual do Diabo aparece como resultado da enganação promovida pela mulher, e se estabelece por meio do humor, da pilheria e da ridicularização aplicadas ao Tinhoso.