Técnicas de ensino e resistência cultural: contribuição às práticas do ensino de sociologia

O objetivo deste artigo é apresentar os resultados da pesquisa realizada em uma escola da periferia de Marília. Partindo do pressuposto de que o processo cultural deve ser observado dentro de uma visão micro e macrossociológica, tendo como base as análises de Paul Willis, o qual destaca que os processos culturais podem ser absorvidos e reelaborados de uma forma dialética, remodelando e criando um processo de resistência cultural a partir das escolhas feitas pela própria classe operária em questão, que o autor denominou de uma contracultura escolar. A partir dessa referência, observamos a necessidade do conhecimento da realidade escolar para aproximar os conhecimentos científicos ao horizonte cultural dos estudantes através de uma transposição didática. Assim, a partir de uma sequência pedagógica que tinha por premissa conhecer a realidade dos estudantes foi possível adaptar os conhecimentos sociológicos à realidade desses estudantes, através de técnicas de ensino e produção de material didático possibilitando uma maior aquisição dos conteúdos da disciplina de sociologia por parte dos estudantes, constituindo novas formas de ensino-aprendizagem e construindo uma formação de professores na área de sociologia mais sólida.