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摘要
本文对PUCRS社会传播博士正在进行的研究进行了初步和探索性的观察。这项研究的目的是展示在巴西出版市场出售的以传记为重点的书籍的射线照相。研究的问题是:谁应该从过去中被拯救出来?为此,将对1990年至2020年期间的Companhia das Letras集团和Editorial Record集团的虚拟目录进行评估。在“传记和自传”类别中,分别发现了558部和495部作品。调查还显示了在这个国家写传记和/或被写传记的男性和女性的数量。通过对档案概念的讨论(ASMANN, 2011;福柯,2008;FIGUEIREDO, 2017)和记忆(HALBWACHS, 1990;POLLAK, 1989)—在主题命名为过去的记忆保持沉默(或删除)—和相关研究女权主义(DALCASTAGNÈ,2012;PERROT, 2005),在题为“抵抗隐形”的章节中,文本得出结论,有必要通过传记作品质疑巴西消费的文化。这是因为我们可以推断出某种隐藏的偏见,在这种偏见中,多样性被掩盖,空间被微妙地限制。
A memória do feminino: Um esboço do catálogo biográfico da Companhia das Letras e Record (1990-2020)
Este artigo apresenta observações preliminares e exploratórias sobre investigação em andamento, realizada junto ao doutorado em Comunicação Social da PUCRS. O estudo se propõe a apresentar uma radiografia de livros cujo foco sejam biografias, postas à venda no mercado editorial brasileiro. O problema de pesquisa, que serve de norte para o trabalho, é: quem merece ser resgatado do passado? Para isso, será apreciado o catálogo virtual do Grupo Companhia das Letras e do Grupo Editorial Record, no período de 1990 a 2020. Nelas, foram encontradas 558 e 495 obras, respectivamente, na categoria “Biografia & Autobiografia”. O levantamento também evidenciou o número de homens e mulheres que biografam e/ou são biografados no país. Por meio do debate a respeito da noção de arquivo (ASMANN, 2011; FOUCAULT, 2008; FIGUEIREDO, 2017) e memória (HALBWACHS, 1990; POLLAK, 1989) — no tópico nomeado como A memória como silêncio (ou apagamento) do passado — e estudos relacionados ao feminismo (DALCASTAGNÈ, 2012; PERROT, 2005), na seção intitulada A resistência frente à invisibilidade, o texto conclui que é necessário questionar a cultura que se consome no Brasil, através das obras biográficas. Isso porque é possível inferir certo preconceito velado, onde a diversidade é camuflada e o espaço, sutilmente limitado.