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Metodologia: Este é um estudo de revisão bibliográfica, no qual foi realizada uma revisão e análise de literatura sobre imunologia e patologia da hanseníase nas bases de dados PubMed, SCIELO e CAPES, utilizando-se os seguintes descritores, em português e inglês: imunologia da hanseníase, imunopatologia da hanseníase e Mycobacterium leprae. Resultados: As formas clínicas da doença são: Indeterminada, Tuberculoide, Dimorfa e Virchowiana. A transmissão ocorre pelas vias respiratórias através da tosse, espirros, perdigotos e secreção nasal. Nos indivíduos que desenvolvem a doença, a infecção evolui de maneiras distintas, de acordo com a resposta imunológica específica do hospedeiro. O parasita é um bacilo com alto poder infectante e baixa capacidade de patogenicidade, logo após entrar no organismo irá se localizar nas células de Schwann e na pele. A defesa ocorre por meio da resposta imunológica celular, na qual os bacilos são fagocitados e destruídos, permeada por citocinas como o IFN-γ (interferon-gama) e TNF-α (fator de necrose tumoral-alfa). Apesar da existência de uma quantidade elevada de anticorpos, essa alta concentração não resulta em uma proteção contra os bacilos, visto que os pacientes infectados apresentam uma elevada disseminação bacilar. A atividade macrofágica destaca-se na patogenicidade do parasita, visto que são os hospedeiros preponderantes dos bacilos. Conclusões: Faz-se necessário a realização de maiores estudos de caso sobre os mecanismos imunológicos da hanseníase, com o objetivo de esclarecer-se cada vez mais a resposta imunológica em cada uma das formas clínicas da doença. Por conseguinte, é de suma importância o conhecimento de sua patogenicidade para uma maior elucidação diagnóstica e da imunopatogenia da doença, visto que o sistema imune exerce papel distinguidor na classificação dos tipos de hanseníase.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"IMUNOPATOLOGIA DA HANSENÍASE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA\",\"authors\":\"Amanda Moura Cavalheiro\",\"doi\":\"10.51161/ii-conbrai/6790\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, granulomatosa crônica provocada pelo Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido resistente e parasita intracelular. 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IMUNOPATOLOGIA DA HANSENÍASE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, granulomatosa crônica provocada pelo Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido resistente e parasita intracelular. A hanseníase acomete a pele, testículos, nervos periféricos e o sistema reticuloendotelial, entre outros sistemas e órgãos. As manifestações evolutivas, clínicas e imunológicas expressam a relação entre o hospedeiro e o parasita. Objetivos: Este trabalho apresenta como objetivo evidenciar, através de uma revisão bibliográfica atualizada, os elementos histopatológicos e imunopatológicos da hanseníase. Metodologia: Este é um estudo de revisão bibliográfica, no qual foi realizada uma revisão e análise de literatura sobre imunologia e patologia da hanseníase nas bases de dados PubMed, SCIELO e CAPES, utilizando-se os seguintes descritores, em português e inglês: imunologia da hanseníase, imunopatologia da hanseníase e Mycobacterium leprae. Resultados: As formas clínicas da doença são: Indeterminada, Tuberculoide, Dimorfa e Virchowiana. A transmissão ocorre pelas vias respiratórias através da tosse, espirros, perdigotos e secreção nasal. Nos indivíduos que desenvolvem a doença, a infecção evolui de maneiras distintas, de acordo com a resposta imunológica específica do hospedeiro. O parasita é um bacilo com alto poder infectante e baixa capacidade de patogenicidade, logo após entrar no organismo irá se localizar nas células de Schwann e na pele. A defesa ocorre por meio da resposta imunológica celular, na qual os bacilos são fagocitados e destruídos, permeada por citocinas como o IFN-γ (interferon-gama) e TNF-α (fator de necrose tumoral-alfa). Apesar da existência de uma quantidade elevada de anticorpos, essa alta concentração não resulta em uma proteção contra os bacilos, visto que os pacientes infectados apresentam uma elevada disseminação bacilar. A atividade macrofágica destaca-se na patogenicidade do parasita, visto que são os hospedeiros preponderantes dos bacilos. Conclusões: Faz-se necessário a realização de maiores estudos de caso sobre os mecanismos imunológicos da hanseníase, com o objetivo de esclarecer-se cada vez mais a resposta imunológica em cada uma das formas clínicas da doença. Por conseguinte, é de suma importância o conhecimento de sua patogenicidade para uma maior elucidação diagnóstica e da imunopatogenia da doença, visto que o sistema imune exerce papel distinguidor na classificação dos tipos de hanseníase.