{"title":"跨语言十字路口:葡萄牙语儿童保育教学指南中的非洲-散居侨民的积极-表演经验","authors":"M. Abreu, Cláudia Hilsdorf Rocha","doi":"10.4025/actascilangcult.v44i2.64990","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo revisitar uma atividade com o jongo Pisei na Pedra (2014) que figura no guia Nossa Casinha (no prelo), material destinado a educadores/as para a mediação de sequências didáticas (SD) de língua portuguesa com crianças em situação de migração/ refúgio. Avaliamos tal proposta de trabalho como uma forma de expressão afro-brasileira caracterizada pela integração de cantos, sons de tambores, dança coletiva e elementos de espiritualidade (Rufino, 2014). O cruzamento dessa assemblagem (Pennycook, 2017) com uma pedagogia enativo-performativa, que une as raízes biológicas e as raízes estéticas das linguagens poéticas (Maturana & Varela, 1987; Lecoq, 1997 apud Aden & Eschenauer, 2020), permitiu a criação de um quadro teórico-analítico translíngue, por meio do qual o jongo possa ser vivenciado e reverenciado como manifestação afro-diaspórica em práticas educativas antirracistas, na potência de sua composição estética, emergente, experiencial, corporificada e transformativa. Além disso, o confronto à compartimentalização, ao assimilacionismo e ao monolinguismo escriturístico, características que atravessam as práticas de linguagem do guia em análise, permite a expansão de possibilidades de trabalho no campo do português como língua adicional, ao proporcionar um olhar que acata a complexidade, a relacionalidade e a afetividade como elementos constitutivos de nossas vivências em educação linguística transformadora.","PeriodicalId":38982,"journal":{"name":"Acta Scientiarum Language and Culture","volume":"74 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Encruzilhadas translíngues: uma vivência enativo-performativa afro-diaspórica em guia pedagógico para acolhimento de crianças em português\",\"authors\":\"M. Abreu, Cláudia Hilsdorf Rocha\",\"doi\":\"10.4025/actascilangcult.v44i2.64990\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo tem como objetivo revisitar uma atividade com o jongo Pisei na Pedra (2014) que figura no guia Nossa Casinha (no prelo), material destinado a educadores/as para a mediação de sequências didáticas (SD) de língua portuguesa com crianças em situação de migração/ refúgio. Avaliamos tal proposta de trabalho como uma forma de expressão afro-brasileira caracterizada pela integração de cantos, sons de tambores, dança coletiva e elementos de espiritualidade (Rufino, 2014). O cruzamento dessa assemblagem (Pennycook, 2017) com uma pedagogia enativo-performativa, que une as raízes biológicas e as raízes estéticas das linguagens poéticas (Maturana & Varela, 1987; Lecoq, 1997 apud Aden & Eschenauer, 2020), permitiu a criação de um quadro teórico-analítico translíngue, por meio do qual o jongo possa ser vivenciado e reverenciado como manifestação afro-diaspórica em práticas educativas antirracistas, na potência de sua composição estética, emergente, experiencial, corporificada e transformativa. Além disso, o confronto à compartimentalização, ao assimilacionismo e ao monolinguismo escriturístico, características que atravessam as práticas de linguagem do guia em análise, permite a expansão de possibilidades de trabalho no campo do português como língua adicional, ao proporcionar um olhar que acata a complexidade, a relacionalidade e a afetividade como elementos constitutivos de nossas vivências em educação linguística transformadora.\",\"PeriodicalId\":38982,\"journal\":{\"name\":\"Acta Scientiarum Language and Culture\",\"volume\":\"74 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-11-07\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Acta Scientiarum Language and Culture\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.4025/actascilangcult.v44i2.64990\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"Q3\",\"JCRName\":\"Arts and Humanities\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Acta Scientiarum Language and Culture","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.4025/actascilangcult.v44i2.64990","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
Encruzilhadas translíngues: uma vivência enativo-performativa afro-diaspórica em guia pedagógico para acolhimento de crianças em português
Este artigo tem como objetivo revisitar uma atividade com o jongo Pisei na Pedra (2014) que figura no guia Nossa Casinha (no prelo), material destinado a educadores/as para a mediação de sequências didáticas (SD) de língua portuguesa com crianças em situação de migração/ refúgio. Avaliamos tal proposta de trabalho como uma forma de expressão afro-brasileira caracterizada pela integração de cantos, sons de tambores, dança coletiva e elementos de espiritualidade (Rufino, 2014). O cruzamento dessa assemblagem (Pennycook, 2017) com uma pedagogia enativo-performativa, que une as raízes biológicas e as raízes estéticas das linguagens poéticas (Maturana & Varela, 1987; Lecoq, 1997 apud Aden & Eschenauer, 2020), permitiu a criação de um quadro teórico-analítico translíngue, por meio do qual o jongo possa ser vivenciado e reverenciado como manifestação afro-diaspórica em práticas educativas antirracistas, na potência de sua composição estética, emergente, experiencial, corporificada e transformativa. Além disso, o confronto à compartimentalização, ao assimilacionismo e ao monolinguismo escriturístico, características que atravessam as práticas de linguagem do guia em análise, permite a expansão de possibilidades de trabalho no campo do português como língua adicional, ao proporcionar um olhar que acata a complexidade, a relacionalidade e a afetividade como elementos constitutivos de nossas vivências em educação linguística transformadora.