Larissa Maria DE Oliveira Barros, Sarah Almeida Teixeira, Esther Carneiro Costa
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Destes, foram selecionados seis (6), na base de dados PubMed e Scielo, utilizando como termos de pesquisa: “COVID-19 Vaccines ” e “Pandemic”, terminologias de acordo com o sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCs). Resultados: A Pfizer, junto à BioNTech, foi a indústria farmacêutica pioneira no contexto de desenvolvimento de uma vacina que usa a plataforma de RNA mensageiro. Tal inovação científica gerou desconfiança e receio ao redor do globo, especialmente devido ao compartilhamento de informações falsas que afirmavam que o RNA seria capaz de modificar o DNA do vacinado. No entanto, vale ressaltar que o RNA usado na vacina é encapsulado em uma microesfera de lipídio e injetado no músculo. Ao entrar na célula, ele é encaminhado para o citoplasma, mas não chega a atingir a membrana do núcleo, local onde está o DNA. Dessa forma, ainda no citoplasma, a célula reconhece por meio se seus ribossomos o RNA mensageiro oriundo da vacina e, rapidamente, uma proteína é sintetizada. Em seguida, o RNA é degenerado, logo deixa de ser funcional, o que refuta a ideia de que ele é capaz de promover mutações no DNA. Conclusão: Portanto, as vacinas que se apoiam no mRNA não promovem alterações do núcleo celular. 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A VACINA DE RNA CONTRA COVID COMO ALVO DE FAKE NEWS
Introdução: Com a pandemia do novo coronavírus, SARS-CoV2, a vacina tornou-se importante ferramenta no combate aos casos mais graves da doença. No entanto, essa foi alvo de diversas “fake news” divulgadas a seu respeito. Nesse contexto, uma das notícias falsas mais compartilhadas diz respeito à vacina Pfizer/BioNTech contra a COVID-19 que, por ser feita a partir de RNA, seria capaz de modificar o DNA de quem a recebe. Objetivos: Refutar sobre as inverdades compartilhadas sobre a vacina Pfizer/BioNTech ser capaz de mudar o DNA dos indivíduos que são vacinados. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica a partir da avaliação de 9 periódicos publicados entre 2011 e 2021. Destes, foram selecionados seis (6), na base de dados PubMed e Scielo, utilizando como termos de pesquisa: “COVID-19 Vaccines ” e “Pandemic”, terminologias de acordo com o sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCs). Resultados: A Pfizer, junto à BioNTech, foi a indústria farmacêutica pioneira no contexto de desenvolvimento de uma vacina que usa a plataforma de RNA mensageiro. Tal inovação científica gerou desconfiança e receio ao redor do globo, especialmente devido ao compartilhamento de informações falsas que afirmavam que o RNA seria capaz de modificar o DNA do vacinado. No entanto, vale ressaltar que o RNA usado na vacina é encapsulado em uma microesfera de lipídio e injetado no músculo. Ao entrar na célula, ele é encaminhado para o citoplasma, mas não chega a atingir a membrana do núcleo, local onde está o DNA. Dessa forma, ainda no citoplasma, a célula reconhece por meio se seus ribossomos o RNA mensageiro oriundo da vacina e, rapidamente, uma proteína é sintetizada. Em seguida, o RNA é degenerado, logo deixa de ser funcional, o que refuta a ideia de que ele é capaz de promover mutações no DNA. Conclusão: Portanto, as vacinas que se apoiam no mRNA não promovem alterações do núcleo celular. Assim, é necessário que os profissionais de saúde e a mídia tomem medidas para auxiliar o público a identificar o discurso por trás das “fake news”, além de evidenciar a importância de averiguar a informação recebida antes de compartilhá-la.