Luan Moraes Ferreira, Yasmin Azevedo de Souza, Gisela Gomes Batista, Camila Paranhos Vieira, Cleizimara Cavalcante Nunes, Letícia Santana Magalhães, Í. C. D. Silva, Vanessa Gomes de Lima, Nádia Vicência do Nascimento Martins
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Hanseníase na Amazônia central: um olhar epidemiológico
OBJETIVO: Descrever a epidemiologia e o perfil clínico da hanseníase na região oeste do estado do Pará, Brasil, no período de 2014 a 2020. MÉTODO: Trata-se de um estudo de corte transversal, descritivo. A coleta de dados foi realizada a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde do Brasil no período de junho de 2021 a agosto de 2021, e uma revisão da literatura na base dados PUBMED. RESULTADOS: Foram registrados 1764 casos, com uma prevalência de 17,5 por 10.000 habitantes, sendo 942 (53,5%) na região do Tapajós e 822 (47,9%) na região do Baixo Amazonas. Houve predomínio na faixa etária de 40 a 49 anos (20,6%); cor “parda” (73,6%); escolaridade com Ensino Fundamental Incompleto (55,7%); sexo masculino (66,3%); forma clínica Dimorfa (54,5%); classificação operacional Multibacilar (82,3%); grau zero de incapacidade funcional (41,6%); episódios reacionais tipo I (11,6%). Na revisão de literatura, foram incluídos 9 artigos após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão e leitura dos artigos na íntegra. CONCLUSÃO: Houve redução no número de casos de hanseníase na Mesorregião no período estudado. Todavia, ainda existem déficits nas estratégias de rastreio, tratamento e acompanhamento dos casos de hanseníase, com prevalência de casos altamente transmissíveis e clinicamente graves, especialmente entre homens em idade economicamente ativa. Dessa forma, faz-se essencial a adoção de políticas públicas regionais para combate, controle e prevenção da hanseníase na região Oeste do estado do Pará.