B. Flynn, Silvana de Souza Ramos, Lucas Carpinelli
{"title":"Merleau-Ponty, Lefort e a Modernidade como problema filosófico","authors":"B. Flynn, Silvana de Souza Ramos, Lucas Carpinelli","doi":"10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188274","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Na primeira parte deste artigo, apresentarei, de forma breve, a concepção de Modernidade de Robert Pippin e por que ele a considera um problema filosófico. Mostrarei como determinados filósofos – Kant, em especial – a conceituaram e então voltar-me-ei a Hegel, cuja posição, em versão radicalmente deflacionária, o próprio Pippin sustenta. Na segunda parte, abordarei aspectos da filosofia de Merleau-Ponty que contestam a espontaneidade da consciência, noção central para o hegelianismo de Pippin. Na terceira parte, concluirei com uma discussão da obra de Lefort, sua prática de hiper-reflexão e sua própria teorização da Democracia e do Totalitarismo. Sustento que, comparativamente, a ontologia de Merleau-Ponty e a filosofia política de Lefort apresentam maior capacidade de produzir reflexões sobre a Modernidade sem apelo a qualquer tipo de estrutura teleológica ou teológica.","PeriodicalId":37350,"journal":{"name":"Discurso y Sociedad","volume":"927 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Discurso y Sociedad","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188274","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q2","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
Merleau-Ponty, Lefort e a Modernidade como problema filosófico
Na primeira parte deste artigo, apresentarei, de forma breve, a concepção de Modernidade de Robert Pippin e por que ele a considera um problema filosófico. Mostrarei como determinados filósofos – Kant, em especial – a conceituaram e então voltar-me-ei a Hegel, cuja posição, em versão radicalmente deflacionária, o próprio Pippin sustenta. Na segunda parte, abordarei aspectos da filosofia de Merleau-Ponty que contestam a espontaneidade da consciência, noção central para o hegelianismo de Pippin. Na terceira parte, concluirei com uma discussão da obra de Lefort, sua prática de hiper-reflexão e sua própria teorização da Democracia e do Totalitarismo. Sustento que, comparativamente, a ontologia de Merleau-Ponty e a filosofia política de Lefort apresentam maior capacidade de produzir reflexões sobre a Modernidade sem apelo a qualquer tipo de estrutura teleológica ou teológica.