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A comida como linguagem e o mercado como cozinha: a alimentação em mercados públicos enquanto um símbolo social
O objetivo deste artigo é fazer uma reflexão e análise sobre a simbologia do alimentar-se em mercados públicos e problematizar sobre a estratégia metodológica de um estudo de caso realizado no Mercado Municipal de Diamantina (MG). Baseando-se em um marco teórico pautado nos conceitos de “comida-linguagem” e “cozinha-mercado” presentes na obra de Lévi-Strauss (1991; 2006) e “habitus” de Bourdieu (1987; 1998) aos quais se agrega a clássica categoria geográfica Lugar, a partir de cuja reelaboração compreendeu-se que historicamente o Mercado revela-se como um espaço passível de intervenções sociais e políticas públicas, não relacionados apenas a fatores econômicos- vale ressaltar-, e visualizando tal estabelecimento público como um Lugar que simboliza a reprodução e construção de uma cultura popular local e no qual o “habitus” de alimentar-se vincular-se-ia a diversificadas identidades intrínsecas aos frequentadores, como a regional, familiar, comunitária e rural/ urbana.