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Abstract
Perante os intensos debates sobre a flexibilização do ensino técnico integrado ao médio e à ampliação dos mestrados e doutorados profissionais, torna-se urgente pensar que lugar ocupa ou poderá ocupar a graduação tecnológica. Essa modalidade educativa apresenta especificidades frente ao bacharelado e à licenciatura, estando entre suas concepções norteadoras a densidade tecnológica, a articulação com o desenvolvimento local e com as políticas de ciência, tecnologia e inovação. As reformas educacionais a partir de 2017 trouxeram mudanças substanciais para a educação profissional e tecnológica, culminando com novas diretrizes para essa modalidade educativa. Este artigo estuda os caminhos que se apresentam para a graduação tecnológica analisando o descompasso entre suas concepções norteadoras e as políticas atuais. Trata-se, também, de problematizar políticas educacionais que têm como pressupostos a aceleração na formação técnica e tecnológica. O estudo parte de revisão bibliográfica sobre as políticas de EPT e os Cursos Superiores de Tecnologia nesse contexto. Apresenta e analisa documentos legais e institucionais relacionados à temática., além de trazer elementos para problematizar as concepções de formação técnica e tecnológica contidas nas diretrizes estaduais e nacionais face a uma lógica que acentua e privilegia a velocidade em todas as instâncias sociais, fomentando uma política educacional de aceleração para o mercado.