{"title":"“A HUMANIDADE INCÔMODA”: ARTE E RESISTÊNCIA EM TEMPOS INFERNAIS","authors":"E. Pellejero","doi":"10.17648/ihgp.v4i02.113","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Brice Parain dizia que a guerra, de forma terrivel e paradoxal, dera valor a vida e recordara aos homens que nao podem perder um so instante, mas tambem incubara neles uma desconfianca em relacao a linguagem nunca antes imaginada. A mesma desconfianca contagiara as imagens de uma irrealidade nauseabunda, colocando em causa o valor que ainda podiam chegar a ter para a humanidade. De todos os modos, nos campos e nas prisoes, no exilio e nas trincheiras, a arte soube partilhar as privacoes do quotidiano, passando a ser tao importante muitas vezes como alimentar-se e se aquecer, recuperando em certo modo a sua antiga funcao catartica. E nas sombras cuidou das palavras e das imagens, da sensibilidade e da imaginacao, da precaria humanidade do animal humano. O presente trabalho pretende refletir sobre o que dao a pensar essas imagens nas quais a arte oferece a ultima resistencia possivel.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"48 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v4i02.113","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Brice Parain dizia que a guerra, de forma terrivel e paradoxal, dera valor a vida e recordara aos homens que nao podem perder um so instante, mas tambem incubara neles uma desconfianca em relacao a linguagem nunca antes imaginada. A mesma desconfianca contagiara as imagens de uma irrealidade nauseabunda, colocando em causa o valor que ainda podiam chegar a ter para a humanidade. De todos os modos, nos campos e nas prisoes, no exilio e nas trincheiras, a arte soube partilhar as privacoes do quotidiano, passando a ser tao importante muitas vezes como alimentar-se e se aquecer, recuperando em certo modo a sua antiga funcao catartica. E nas sombras cuidou das palavras e das imagens, da sensibilidade e da imaginacao, da precaria humanidade do animal humano. O presente trabalho pretende refletir sobre o que dao a pensar essas imagens nas quais a arte oferece a ultima resistencia possivel.