A participação do porto de Belém, como um dos fornecedores de africanos e africanas escravizadas para o Oeste do Estado do Brasil, notadamente para Mato Grosso e Goiás, está delineada neste texto. O recorte temporal das análises, são os idos de 1756 a 1804, período de monopólio da Companhia de Comércio- empresa que dentre outras atividades que fornecia escravizados africanos a região Oeste do Estado do Brasil-, e em momento posterior, quando já havia se extinguido o exclusivo comercial da empresa. Outro tema desenvolvido no trabalho, foi a origem dos africanos saídos de Belém e direcionados a Mato Grosso e Goiás. A documentação do Arquivo Público do Pará e do Arquivo Histórico Ultramarino, foram as fontes majoritariamente utilizadas.
本文概述了贝伦港作为向巴西西部,特别是马托格罗索州和戈亚斯州提供非洲奴隶的供应地之一的参与情况。分析的时间范围在 1756 年至 1804 年之间,即 Companhia de Comércio 公司的垄断时期(该公司除其他活动外,还向巴西州西部地区提供非洲奴隶),以及后来该公司的商业专营权已经结束的时期。作品中的另一个主题是离开贝伦前往马托格罗索州和戈亚斯州的非洲人的来源。所使用的大部分资料来源于帕拉州公共档案馆和海外历史档案馆的文件。
{"title":"DO GRÃO-PARÁ PARA O OESTE DO ESTADO DO BRASIL:","authors":"M. Silva","doi":"10.17648/ihgp.v10i2.180","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i2.180","url":null,"abstract":"A participação do porto de Belém, como um dos fornecedores de africanos e africanas escravizadas para o Oeste do Estado do Brasil, notadamente para Mato Grosso e Goiás, está delineada neste texto. O recorte temporal das análises, são os idos de 1756 a 1804, período de monopólio da Companhia de Comércio- empresa que dentre outras atividades que fornecia escravizados africanos a região Oeste do Estado do Brasil-, e em momento posterior, quando já havia se extinguido o exclusivo comercial da empresa. Outro tema desenvolvido no trabalho, foi a origem dos africanos saídos de Belém e direcionados a Mato Grosso e Goiás. A documentação do Arquivo Público do Pará e do Arquivo Histórico Ultramarino, foram as fontes majoritariamente utilizadas. ","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"104 20","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141115834","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo versas sobre a importância da Cabanagem para a reforma do juízo de paz em 1841. Através do estudo de relatórios de ministros da justiça e presidentes de província da década de 1830, percebe-se que, se incialmente a magistratura de paz foi recebida com elogios e otimismo, com o passar dos anos e, em função dos revezes e querelas trazidos pelos movimentos sociais ocorridos durante a Regência (em especial a guerra cabana), ela passou a ser alvo de críticas contundentes e diversas propostas de reforma. Esta diferença na leitura sobre os juízes de paz ao longo do tempo, que de modo geral pode ser dividido em dois momentos distintos, não significa, todavia, que houvesse homogeneidade nas opiniões e atitudes situadas em cada um deles. Todavia, foi a experiência com a magistratura de paz, em especial aquela no Grão-Pará da Cabanagem, que informou a necessidade de reforma e deu o tom da diversidade das propostas feitas em nome do “bom uso” da justiça, da ordem, da estabilidade e das bases civilizacionais do Império.
{"title":"ENTRE REVOLTAS, IMPUNIDADE E BARBÁRIE:","authors":"Danielle Figuerêdo Moura","doi":"10.17648/ihgp.v10i2.182","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i2.182","url":null,"abstract":"O presente artigo versas sobre a importância da Cabanagem para a reforma do juízo de paz em 1841. Através do estudo de relatórios de ministros da justiça e presidentes de província da década de 1830, percebe-se que, se incialmente a magistratura de paz foi recebida com elogios e otimismo, com o passar dos anos e, em função dos revezes e querelas trazidos pelos movimentos sociais ocorridos durante a Regência (em especial a guerra cabana), ela passou a ser alvo de críticas contundentes e diversas propostas de reforma. Esta diferença na leitura sobre os juízes de paz ao longo do tempo, que de modo geral pode ser dividido em dois momentos distintos, não significa, todavia, que houvesse homogeneidade nas opiniões e atitudes situadas em cada um deles. Todavia, foi a experiência com a magistratura de paz, em especial aquela no Grão-Pará da Cabanagem, que informou a necessidade de reforma e deu o tom da diversidade das propostas feitas em nome do “bom uso” da justiça, da ordem, da estabilidade e das bases civilizacionais do Império.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"40 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141113862","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A antiga Estrada de Ferro Belém-Bragança (EFBB), ativa de 1883 a 1965, contribuiu na formação socioespacial de várias cidades que se localizavam na antiga Zona Bragantina (ZB), atualmente, constituída em grande parte pelo nordeste paraense. Dentre tais cidades, Benevides, Castanhal, Igarapé-Açu e Bragança (localizadas na Região Metropolita de Belém e na Região Nordeste do Pará), ganham destaque como cidades-lócus do presente artigo por terem sido portadoras de ramais ferroviários, pontos nodais de conexão com outras localidades e entrepostos comerciais de relevante importância na expansão territorial da ZB. Nessas cidades-lócus, o complexo ferroviário da EFBB produziu um legado patrimonial ferroviário (material e imaterial), que se mantém vivo nas reminiscências (memórias) de moradores locais, sobretudo dos idosos. Tal situação nos remete e motiva a um objetivo central no estudo que se propõe a analisar a produção do espaço e a formação da memória do patrimônio cultural ferroviário, junto a tais cidades.
{"title":"PRODUÇÃO DO ESPAÇO, MEMÓRIA E PATRIMÔNIO CULTURAL FERROVIÁRIO NA AMAZÔNIA","authors":"Luciano Andrade de Souza","doi":"10.17648/ihgp.v10i2.61","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i2.61","url":null,"abstract":"A antiga Estrada de Ferro Belém-Bragança (EFBB), ativa de 1883 a 1965, contribuiu na formação socioespacial de várias cidades que se localizavam na antiga Zona Bragantina (ZB), atualmente, constituída em grande parte pelo nordeste paraense. Dentre tais cidades, Benevides, Castanhal, Igarapé-Açu e Bragança (localizadas na Região Metropolita de Belém e na Região Nordeste do Pará), ganham destaque como cidades-lócus do presente artigo por terem sido portadoras de ramais ferroviários, pontos nodais de conexão com outras localidades e entrepostos comerciais de relevante importância na expansão territorial da ZB. Nessas cidades-lócus, o complexo ferroviário da EFBB produziu um legado patrimonial ferroviário (material e imaterial), que se mantém vivo nas reminiscências (memórias) de moradores locais, sobretudo dos idosos. Tal situação nos remete e motiva a um objetivo central no estudo que se propõe a analisar a produção do espaço e a formação da memória do patrimônio cultural ferroviário, junto a tais cidades.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"87 18","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141116406","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A Estrada de Ferro Belém-Bragança (EFBB) é uma herança híbrida que revela traços histórico-geográficos na Amazônia paraense. Estando voltada para o escoamento de produção de produtos agrícolas para fins comerciais, no século XIX-XX. Propõe-se neste artigo, refletir sobre a formação territorial da região da bragantina a partir do município de Bragança, analisando aspectos sobre a implantação da linha ferroviária considerando essa como elemento basilar do meio geográfico natural e pré-técnico. Temos por objetivo analisar a EFBB como um empreendimento para um novo tempo, um elemento modernizador que além de promover o encurtamento da distância, e velocidade ampliará os fluxos espaciais na bragantina naquele contexto. Também carregou a justificativa de ser o escape, o celeiro, expressão de fartura e expansão agropecuária na Amazônia paraense. O texto faz parte de uma de nossas reflexões realizadas na dissertação de mestrado. Sendo resultado de uma pesquisa qualitativa baseada em análise em pesquisa bibliográfica, coleta de dados em órgãos públicos; dados secundários de pesquisas em livros, teses, dissertações e artigos sobre a temática da bragantina em acervos da biblioteca central UFPA dentre outras fontes.
{"title":"A ESTRADA DE FERRO DE BRAGANÇA E OS ASPECTOS GEOGRÁFICOS DE UM MEIO NATURAL EM BRAGANÇA-PA (SÉCULO XIX-XX)","authors":"Jakeline Almeida Brito","doi":"10.17648/ihgp.v10i2.68","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i2.68","url":null,"abstract":"A Estrada de Ferro Belém-Bragança (EFBB) é uma herança híbrida que revela traços histórico-geográficos na Amazônia paraense. Estando voltada para o escoamento de produção de produtos agrícolas para fins comerciais, no século XIX-XX. Propõe-se neste artigo, refletir sobre a formação territorial da região da bragantina a partir do município de Bragança, analisando aspectos sobre a implantação da linha ferroviária considerando essa como elemento basilar do meio geográfico natural e pré-técnico. Temos por objetivo analisar a EFBB como um empreendimento para um novo tempo, um elemento modernizador que além de promover o encurtamento da distância, e velocidade ampliará os fluxos espaciais na bragantina naquele contexto. Também carregou a justificativa de ser o escape, o celeiro, expressão de fartura e expansão agropecuária na Amazônia paraense. O texto faz parte de uma de nossas reflexões realizadas na dissertação de mestrado. Sendo resultado de uma pesquisa qualitativa baseada em análise em pesquisa bibliográfica, coleta de dados em órgãos públicos; dados secundários de pesquisas em livros, teses, dissertações e artigos sobre a temática da bragantina em acervos da biblioteca central UFPA dentre outras fontes. \u0000 ","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"45 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141116734","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"DISCURSO","authors":"Aldrin Moura de Figueiredo","doi":"10.17648/ihgp.v10i2.186","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i2.186","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"109 19","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141115992","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo pretende analisar a presença indígena no militarismo luso do Estado do Grão-Pará e Maranhão (1750-1778). Esse contexto trouxe profundas transformações para os quadros do militarismo português, o qual também se ajustava às demandas coloniais. É objetivo deste trabalho não apenas compreender esse processo, mas sobretudo, as implicações da lei de Liberdade de 1755 e da Carta Régia 1766 no ajuste das forças defensivas do Estado que incluiu a presença indígena institucionalizada em tropas de milícias e ordenanças. Por meio da análise sistemática de diversas fontes pretende-se tornar evidente que essas mudanças deslocaram os indígenas das margens do militarismo à normatividade, que se faz ver nos registros de patentes e de tropas indígenas. Essa nova condição tornou-se, pela agência indígena, espaço nos quais esses sujeitos manifestavam seus próprios interesses e lutavam por suas demandas na sociedade amazônica colonial.
{"title":"indígenas e o militarismo luso no Estado do Grão-Pará e Maranhão (1750-1778)","authors":"Wania Alexandrino Viana","doi":"10.17648/ihgp.v10i1.57","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i1.57","url":null,"abstract":"Este artigo pretende analisar a presença indígena no militarismo luso do Estado do Grão-Pará e Maranhão (1750-1778). Esse contexto trouxe profundas transformações para os quadros do militarismo português, o qual também se ajustava às demandas coloniais. É objetivo deste trabalho não apenas compreender esse processo, mas sobretudo, as implicações da lei de Liberdade de 1755 e da Carta Régia 1766 no ajuste das forças defensivas do Estado que incluiu a presença indígena institucionalizada em tropas de milícias e ordenanças. Por meio da análise sistemática de diversas fontes pretende-se tornar evidente que essas mudanças deslocaram os indígenas das margens do militarismo à normatividade, que se faz ver nos registros de patentes e de tropas indígenas. Essa nova condição tornou-se, pela agência indígena, espaço nos quais esses sujeitos manifestavam seus próprios interesses e lutavam por suas demandas na sociedade amazônica colonial. ","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"12 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140506356","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Marcus Ribeiro, Alberto Damasceno, Smile Golobovante, Karla Almeida
Levando em consideração a ação educativa da Igreja Católica no âmbito da educação não-formal, este artigo, situado no campo da história da educação, aborda a atuação da Casa da Juventude (CAJU) na formação de lideranças católicas e tem como objetivo analisar esse processo de formação nas décadas de 1970 e 1980. O trabalho é resultado de uma pesquisa histórico-documental tendo fontes como matérias de jornais, um breve resumo da história da instituição e de seu fundador, Cônego Raul Tavares, disponibilizadas no site oficial da comunidade e uma transcrição do depoimento do fundador sobre sua formação e a criação da CAJU; de entrevistas semiestruturadas com ex-membros da comunidade que relataram sobre suas experiências na Casa; e um pesquisa bibliográfica, no qual realizamos o levantamento de obras que tratam da temática pesquisada. Durante o desenvolvimento da pesquisa, foi possível identificar encontros formativos como a realização de eventos culturais, científicos e espirituais em sua caminhada de evangelização. Inferimos que a CAJU foi uma instituição formativa com vistas a ensinar os seus jovens a se tornarem lideranças católicas capazes de formar outros jovens por meio de uma evangelização crítica e libertadora.
{"title":"atuação da cada da juventude na formação de lideranças jovens cristãs nas décas de 1970 e 1980","authors":"Marcus Ribeiro, Alberto Damasceno, Smile Golobovante, Karla Almeida","doi":"10.17648/ihgp.v10i1.44","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i1.44","url":null,"abstract":"Levando em consideração a ação educativa da Igreja Católica no âmbito da educação não-formal, este artigo, situado no campo da história da educação, aborda a atuação da Casa da Juventude (CAJU) na formação de lideranças católicas e tem como objetivo analisar esse processo de formação nas décadas de 1970 e 1980. O trabalho é resultado de uma pesquisa histórico-documental tendo fontes como matérias de jornais, um breve resumo da história da instituição e de seu fundador, Cônego Raul Tavares, disponibilizadas no site oficial da comunidade e uma transcrição do depoimento do fundador sobre sua formação e a criação da CAJU; de entrevistas semiestruturadas com ex-membros da comunidade que relataram sobre suas experiências na Casa; e um pesquisa bibliográfica, no qual realizamos o levantamento de obras que tratam da temática pesquisada. Durante o desenvolvimento da pesquisa, foi possível identificar encontros formativos como a realização de eventos culturais, científicos e espirituais em sua caminhada de evangelização. Inferimos que a CAJU foi uma instituição formativa com vistas a ensinar os seus jovens a se tornarem lideranças católicas capazes de formar outros jovens por meio de uma evangelização crítica e libertadora.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"9 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140506117","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Depois de expulsar seus rivais europeus da Amazônia no início do século XVII, os portugueses começaram a explorar os principais ativos da vasta bacia – os habitantes indígenas. Como aliados, convertidos e escravos, a população nativa fornecia a mão-de-obra e grande parte do tecido social da colônia em desenvolvimento. Enquanto uma variedade de expedições de canoas se aventurava cada vez mais rio acima e seus afluentes em busca de ouro indescritível, colhendo produtos florestais e expandindo o domínio da coroa, prosperidade e poder para os líderes e patrocinadores dessas incursões derivavam principalmente da carga humana trazida rio abaixo para missões, fortes e outros assentamentos. Como resultado, as autoridades da coroa e das colônias tentaram regular e controlar as expedições, e uma competição acirrada se desenvolveu entre instituições e indivíduos envolvidos no processo. Documentos em arquivos portugueses e brasileiros revelam o papel fundamental desempenhado pelos próprios índios em colaboração com os intermediários transculturais pouco estudados, conhecidos como cunhamenas.
{"title":"Sertão colonial","authors":"Bárbara A. Sommer","doi":"10.17648/ihgp.v10i1.59","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i1.59","url":null,"abstract":"Depois de expulsar seus rivais europeus da Amazônia no início do século XVII, os portugueses começaram a explorar os principais ativos da vasta bacia – os habitantes indígenas. Como aliados, convertidos e escravos, a população nativa fornecia a mão-de-obra e grande parte do tecido social da colônia em desenvolvimento. Enquanto uma variedade de expedições de canoas se aventurava cada vez mais rio acima e seus afluentes em busca de ouro indescritível, colhendo produtos florestais e expandindo o domínio da coroa, prosperidade e poder para os líderes e patrocinadores dessas incursões derivavam principalmente da carga humana trazida rio abaixo para missões, fortes e outros assentamentos. Como resultado, as autoridades da coroa e das colônias tentaram regular e controlar as expedições, e uma competição acirrada se desenvolveu entre instituições e indivíduos envolvidos no processo. Documentos em arquivos portugueses e brasileiros revelam o papel fundamental desempenhado pelos próprios índios em colaboração com os intermediários transculturais pouco estudados, conhecidos como cunhamenas.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"16 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140506806","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
As cartas de data e sesmaria concedidas pela Câmara de São Luís no início do século XVIII permitem observar como os moradores da cidade a enxergavam e praticavam. Sob a liturgia burocrática destes documentos exprimem-se verdadeiros relatos de espaço na acepção de Michel de Certeau. A despeito da estrutura padronizada das petições e concessões, São Luís é descrita com base na experiência cotidiana, isto é, nas pessoas conhecidas, nos principais pontos de atração da população e nas trajetórias percorridas pela cidade. As localizações de “chãos” e casas baseavam-se nas construções, vizinhos e caminhos que serviam de referências e balizas espaciais para os contemporâneos. Estas narrativas ambulantes descrevem o espaço e contam “itinerários”, além de permitirem observar o sentido da ocupação fundiária da cidade naquele período
通过圣路易斯市政厅在 18 世纪初颁发的日期和日期书,我们可以了解该市居民是如何看待和实践空间的。在这些文件的官僚礼仪下,米歇尔-德塞多(Michel de Certeau)意义上的空间真实描述得以表达。尽管请愿书和特许权的结构是标准化的,但对圣路易斯的描述却是以日常经验为基础的,即人们熟知的人物、吸引人们的主要景点以及穿过城市的路线。楼层 "和房屋的位置是根据建筑物、邻居和道路确定的,这些都是同时代人的参照物和空间信标。这些旅行叙事描述了空间并讲述了 "路线",同时也让我们观察到当时城市的土地占有情况。
{"title":"Relatos de espaço nas cartas de data e sesmaria de São Luís","authors":"M. Schilipake","doi":"10.17648/ihgp.v10i1.52","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i1.52","url":null,"abstract":"As cartas de data e sesmaria concedidas pela Câmara de São Luís no início do século XVIII permitem observar como os moradores da cidade a enxergavam e praticavam. Sob a liturgia burocrática destes documentos exprimem-se verdadeiros relatos de espaço na acepção de Michel de Certeau. A despeito da estrutura padronizada das petições e concessões, São Luís é descrita com base na experiência cotidiana, isto é, nas pessoas conhecidas, nos principais pontos de atração da população e nas trajetórias percorridas pela cidade. As localizações de “chãos” e casas baseavam-se nas construções, vizinhos e caminhos que serviam de referências e balizas espaciais para os contemporâneos. Estas narrativas ambulantes descrevem o espaço e contam “itinerários”, além de permitirem observar o sentido da ocupação fundiária da cidade naquele período","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"8 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140506150","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão foi criada em 1755. Porém, desde o seu início, a companhia monopolista sofrerá críticas e resistências a partir de suas propostas de exclusivismos e privilégios comerciais apresentados durante o seu funcionamento. Tais concessões ocasionavam conflitos surgidos a partir dos choques de jurisdição entre a companhia monopolista e a hierarquia administrativa dos órgãos da Coroa. As prerrogativas da Companhia eram apresentadas e colocadas em prática nas cidades de Belém e São Luís por funcionários, denominados administradores, designados pela Junta que gerenciava os negócios da Companhia em Lisboa. A escolha dos homens que atuariam nesse cargo e suas atitudes foi tema de debates e trocas de informação entre Sebastião José de Carvalho e Melo, secretário do rei D. José I, e seu irmão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, então governador do Estado do Grão-Pará e Maranhão, estendendo-se durante os anos de funcionamento da Companhia. Percebe-se assim a troca de favores e as redes de influência e sociabilidade estabelecidas, tanto na colônia como no Reino, para a escolha dos indivíduos que ocupariam essa função, sendo estes acusados com o passar dos anos de favorecimentos ilícitos, a partir dos vários negócios da Companhia.
格拉奥-帕拉和马拉尼昂公司成立于 1755 年。然而,自成立之初,垄断公司就因其经营期间的排他性和商业特权建议而受到批评和抵制。这些特许权导致了垄断公司与王室行政等级之间因管辖权冲突而产生的冲突。公司的特权在贝伦市和圣路易斯市由管理公司在里斯本业务的董事会任命的官员(称为行政长官)提出并付诸实施。若泽一世国王的秘书塞巴斯蒂昂-若泽-德-卡瓦略-埃-梅洛(Sebastião José de Carvalho e Melo)和他的弟弟弗朗西斯科-泽维尔-德-门东萨-富尔塔多(Francisco Xavier de Mendonça Furtado,时任格拉奥帕拉州和马拉尼昂州州长)在公司运营的数年中,一直在就担任这一职务的人选及其态度进行辩论和信息交流。这显示了在殖民地和王国两地为选择担任这一职位的人选而建立的利益交换、影响力和交际网络,多年来,这些人因公司的各种业务而被指控施以非法恩惠。
{"title":"administradores da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão: negócios, conflitos e privilégios (1755-1777)","authors":"Frederik Luizi Andrade de Matos","doi":"10.17648/ihgp.v10i1.58","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i1.58","url":null,"abstract":"A Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão foi criada em 1755. Porém, desde o seu início, a companhia monopolista sofrerá críticas e resistências a partir de suas propostas de exclusivismos e privilégios comerciais apresentados durante o seu funcionamento. Tais concessões ocasionavam conflitos surgidos a partir dos choques de jurisdição entre a companhia monopolista e a hierarquia administrativa dos órgãos da Coroa. As prerrogativas da Companhia eram apresentadas e colocadas em prática nas cidades de Belém e São Luís por funcionários, denominados administradores, designados pela Junta que gerenciava os negócios da Companhia em Lisboa. A escolha dos homens que atuariam nesse cargo e suas atitudes foi tema de debates e trocas de informação entre Sebastião José de Carvalho e Melo, secretário do rei D. José I, e seu irmão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, então governador do Estado do Grão-Pará e Maranhão, estendendo-se durante os anos de funcionamento da Companhia. Percebe-se assim a troca de favores e as redes de influência e sociabilidade estabelecidas, tanto na colônia como no Reino, para a escolha dos indivíduos que ocupariam essa função, sendo estes acusados com o passar dos anos de favorecimentos ilícitos, a partir dos vários negócios da Companhia.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"37 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140506284","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}