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Abstract
Nesse trabalho, com o objetivo de verificar como se dá a definição e a aplicação da matéria da voz passiva nos livros didáticos brasileiros, analisamos, qualitativamente, 5 livros do Ensino Fundamental II e 5 livros do Ensino Médio, aprovados, respectivamente, pelo PNLD de 2020 e pelo PNLD de 2018. Nesses livros, percebemos uma tendência de limitar a passiva (a) em relação a transitividade verbal, restringindo que ela só ocorre com VTD; (a) em relação a sua semântica, restringindo que ela só ocorre com verbos de ação agentivos. Além disso, notamos que, nesses materiais, a passiva é tratada com ênfase em seus aspectos gramaticais. Mostramos, seguindo a linha de pesquisa da semântica lexical, que a passiva não apresenta restrições normativas rigorosas, sejam elas sintáticas ou semânticas. Isso porque ela se configura como um vasto e poderoso recurso semântico-discursivo da língua. Assim, propusemos que a passiva seja tratada de maneira mais ampla nos materiais didáticos, com foco, não em regras prontas, mas nas motivações para seu uso e em seus efeitos de sentido.