{"title":"O PNAIC e o Desenvolvimento Profissional: quais as perspectivas das professoras alfabetizadoras?","authors":"Leni T. Sousa, S. Mesquita","doi":"10.14244/198271995044","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objeto de estudo o Pacto Nacional pela Alfabetização da Idade Certa (PNAIC). O PNAIC foi um programa de formação continuada oferecido pelo MEC (Ministério da Educação) para professores alfabetizadores com objetivo de cumprir a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) de alfabetizar todas as crianças até, no máximo, oito anos de idade. Este artigo é baseado em uma pesquisa de doutorado e busca identificar quais são as contribuições do PNAIC para o desenvolvimento profissional dos professores alfabetizadores. A pesquisa, de abordagem qualitativa, teve como campo de investigação dois municípios da Zona da Mata Mineira. As fontes de geração de dados foram os documentos oficiais relacionados ao programa de formação PNAIC: os 115 questionários e as 27 entrevistas semiestruturadas aplicados a professoras alfabetizadoras que participaram do PNAIC entre 2013 e 2015. O referencial teórico se baseou na revisão de literatura sobre formação docente e desenvolvimento profissional (TARDIF, 2013, 2014; NÓVOA, 1992, 2014; GATTI, 2008; GATTI; BARRETO, 2009; GATTI, BARRETO; ANDRÉ, 2019; OLIVEIRA; FORMOSINHO, 2009; FORMOSINHO, 2009; GARCÍA, 1999; IMBERNÓN, 2011). A partir da análise dos dados, constatou-se que as professoras apontaram que o PNAIC contribuiu para o desenvolvimento profissional por promover a reflexão sobre a prática, a articulação teoria-prática e pela possibilidade de contribuir com novas práticas de alfabetização. Apontam, no entanto, como fatores que dificultam melhores resultados, a descontinuidade dessa política, a falta de acompanhamento da prática no contexto escolar e a rotatividade docente imposta pelas condições de trabalho.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"101 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Eletrônica de Educação","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14244/198271995044","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente artigo tem como objeto de estudo o Pacto Nacional pela Alfabetização da Idade Certa (PNAIC). O PNAIC foi um programa de formação continuada oferecido pelo MEC (Ministério da Educação) para professores alfabetizadores com objetivo de cumprir a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) de alfabetizar todas as crianças até, no máximo, oito anos de idade. Este artigo é baseado em uma pesquisa de doutorado e busca identificar quais são as contribuições do PNAIC para o desenvolvimento profissional dos professores alfabetizadores. A pesquisa, de abordagem qualitativa, teve como campo de investigação dois municípios da Zona da Mata Mineira. As fontes de geração de dados foram os documentos oficiais relacionados ao programa de formação PNAIC: os 115 questionários e as 27 entrevistas semiestruturadas aplicados a professoras alfabetizadoras que participaram do PNAIC entre 2013 e 2015. O referencial teórico se baseou na revisão de literatura sobre formação docente e desenvolvimento profissional (TARDIF, 2013, 2014; NÓVOA, 1992, 2014; GATTI, 2008; GATTI; BARRETO, 2009; GATTI, BARRETO; ANDRÉ, 2019; OLIVEIRA; FORMOSINHO, 2009; FORMOSINHO, 2009; GARCÍA, 1999; IMBERNÓN, 2011). A partir da análise dos dados, constatou-se que as professoras apontaram que o PNAIC contribuiu para o desenvolvimento profissional por promover a reflexão sobre a prática, a articulação teoria-prática e pela possibilidade de contribuir com novas práticas de alfabetização. Apontam, no entanto, como fatores que dificultam melhores resultados, a descontinuidade dessa política, a falta de acompanhamento da prática no contexto escolar e a rotatividade docente imposta pelas condições de trabalho.