{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS NO ESTADO ESPÍRITO SANTO (BRASIL) – 2008 A 2020","authors":"Gilton Luiz Almada, Fellipe SANT’ANNA Almada, Maryana Carolino Alves França Almada, Henrique SANT’ANNA Almada, Kimberly Domingos Schneider","doi":"10.51161/epidemion/6805","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O componente hospitalar é extremamente importante na rede da política nacional de saúde mental, justificando a caracterização das internações hospitalares, fornecendo subsídios para discussões sobre cuidado em saúde mental. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico das internações hospitalares por transtornos mentais e comportamentais no estado do Espírito Santo. Material e Métodos: Realizou-se estudo descritivo, utilizando os seguintes dados secundários do Sistema de Informação Hospitalar de 2008 a 2020: internações hospitalares por ano de atendimento; internações por sexo, faixa etária, raça; causas de internação segundo a lista de morbidade CID-10; tempo médio de internações em dias, número de óbitos e taxa de mortalidade (100.000 hab.). A fonte de dados foi o site do Datasus, que disponibiliza apenas dados de internações financiadas pelo Sistema Único de Saúde. Resultados: No período foram registradas 37.333 internações pelo agravo avaliado, com uma média de 2.871 internações/anuais. Houve redução nas internações entre 2015 e 2018, voltando a aumentar em 2019. Maioria do sexo masculino (66,0%), faixa etária de 30 a 39 anos (27,4%), raça parda (51,5%), com internações devido a esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes (33,6%), devidos ao uso do álcool (19,6%) e devido ao uso de outras substâncias psicoativas (19,2%). A maioria reside nos municípios de Cachoeiro de Itapemirim (18,2%), Cariacica (9,4%), Vila Velha (8,3%), Serra (7,3%), Vitória (7,2%) e Linhares (4,4%). A média de permanência hospitalar foi maior nas internações por esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes (27,9 dias em 2019) e devido ao uso de outras substâncias psicoativas (15,2 em 2016), com redução ao longos dos anos, de 82,6 dias em 2008 para 12,4 em 2020. A maior proporção de óbitos ocorreu por esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes (32,4%). A maior taxa de mortalidade foi devido a demência (6,5/100.000 hab.). Conclusão: Ocorreu uma redução das internações por transtornos mentais e comportamentais em parte do período estudado, há maior proporção de internações no sexo masculino, faixa etária de 30 a 39 anos, raça parda, devido a esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes e redução da média de permanência hospitalar, em municípios da região metropolitana. Demência foi a maior causa de morte em relação a população.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"135 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6805","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: O componente hospitalar é extremamente importante na rede da política nacional de saúde mental, justificando a caracterização das internações hospitalares, fornecendo subsídios para discussões sobre cuidado em saúde mental. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico das internações hospitalares por transtornos mentais e comportamentais no estado do Espírito Santo. Material e Métodos: Realizou-se estudo descritivo, utilizando os seguintes dados secundários do Sistema de Informação Hospitalar de 2008 a 2020: internações hospitalares por ano de atendimento; internações por sexo, faixa etária, raça; causas de internação segundo a lista de morbidade CID-10; tempo médio de internações em dias, número de óbitos e taxa de mortalidade (100.000 hab.). A fonte de dados foi o site do Datasus, que disponibiliza apenas dados de internações financiadas pelo Sistema Único de Saúde. Resultados: No período foram registradas 37.333 internações pelo agravo avaliado, com uma média de 2.871 internações/anuais. Houve redução nas internações entre 2015 e 2018, voltando a aumentar em 2019. Maioria do sexo masculino (66,0%), faixa etária de 30 a 39 anos (27,4%), raça parda (51,5%), com internações devido a esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes (33,6%), devidos ao uso do álcool (19,6%) e devido ao uso de outras substâncias psicoativas (19,2%). A maioria reside nos municípios de Cachoeiro de Itapemirim (18,2%), Cariacica (9,4%), Vila Velha (8,3%), Serra (7,3%), Vitória (7,2%) e Linhares (4,4%). A média de permanência hospitalar foi maior nas internações por esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes (27,9 dias em 2019) e devido ao uso de outras substâncias psicoativas (15,2 em 2016), com redução ao longos dos anos, de 82,6 dias em 2008 para 12,4 em 2020. A maior proporção de óbitos ocorreu por esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes (32,4%). A maior taxa de mortalidade foi devido a demência (6,5/100.000 hab.). Conclusão: Ocorreu uma redução das internações por transtornos mentais e comportamentais em parte do período estudado, há maior proporção de internações no sexo masculino, faixa etária de 30 a 39 anos, raça parda, devido a esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes e redução da média de permanência hospitalar, em municípios da região metropolitana. Demência foi a maior causa de morte em relação a população.