PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DO CÂNCER DE MAMA NA CIDADE DE MARABÁ- PARÁ DE 2015 A 2020

Abstract

Introdução: O Câncer é uma doença causada pela multiplicação de células anormais, com probabilidade de metástases. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo, é considerada a primeira causa de morte na população feminina em todas as regiões do Brasil. A magnitude da doença no território, mobilizam ações com gestores e profissionais de saúde sobre a importância do rápido encaminhamento para a investigação de casos suspeitos, e início de tratamento adequado, após confirmação. Objetivo: Dito isto, o objetivo desse estudo é analisar o perfil epidemiológico do câncer de mama registrados na cidade de Marabá-PA, entre 2015 e 2020. Trata-se de um estudo retrospectivo e epidemiológico. Material e Métodos: A busca foi realizada a partir da consulta e coleta de dados no DATASUS, entre os anos de 2015 a 2020. As variáveis pesquisadas foram faixa etária de diagnóstico, escolaridade, identificação de lesão neoplásica e estadiamento. Os dados foram tabulados em planilha do software Microsoft Excel. Resultados: Os resultados desse estudo permitiram identificar o número de casos de câncer de mama diagnosticados no município de Marabá. O número de casos notificados foram de 8 (2016), 6 (2017), 13 (2018), 8 (2019), 8 (2020), 6 (2021), havendo decréscimo a partir de 2017. Ademais, os dados relativos à distribuição de casos por faixa etária estão expostos no gráfico 1, referentes a mulheres residentes em Marabá. As informações sobre escolaridade apresentam disparidades, com 32 casos notificados segundo SISCAN como ignorados, acrescidos da ausência de cor/raça no referido sistema. Diante do estudo, observou-se uma ligeira queda no câncer de mama no município de Marabá. Porém, ainda é perceptível um alto índice de mulheres com estadiamento avançado, poucas informações de evolução clínica e socioeconômicas, o que enfatiza a importância de efetivar as notificações. Conclusão: Nesse sentido, é de suma importância a conscientização do papel da rede de atenção primária como organizadora do cuidado, protagonista evidenciando a importância em conhecer o perfil epidemiológico regional para intervir de forma mais eficaz nessas mulheres afim de que tenhamos uma política de rastreamento e tratamento mais efetiva.